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  Em vinte minutos estava pronta. Desci e ele estava me esperando encostado no carro, essa cena era extremamente sexy.
— Então, onde vamos? — perguntou entrando no carro — Vamos roubar um banco? Matar alguém? Porque do jeito que você falou, achei que fosse algo desse nível.
Rolei meus olhos e coloquei o cinto.
— Liga esse carro, e vamos. — disse impaciente.
Fui explicando como era o caminho e logo estávamos em bairro pobre, logo nas esquinas se via os caras vendendo drogas, casas humildes, crianças voltando da escola.
— O que estamos fazendo aqui? — ele perguntou eeu o encarei.
— Eu morava aqui. Cresci aqui. — fiquei pensativa.
— Eu moro aqui. — disse e eu o olhei supresa.
— Sério? — ele assentiu — Será que a gente já se conhecia? Qual seu sobrenome?
Ele me olhou relance e exitou em responder.
— Carter.
— Tobias Carter? Sério que é você? — eu estava supresa muito surpresa — Aquele menino esmirrado, não acredito. — dei uma risada, e ele me olhou mal humurado. — Sério não acredito. Agredeça muito ao tempo, você melhorou muito, para não dizer que parece outra pessoa.
— Estamos longe? — ele perguntou sério.
Neguei, e dei mais uma indicativas. Como isso estava irritando ele, fiz mais alguns comentários dele quando era criança. Finalmente chegamos, era a casa da minha mãe, essa hora ela não estava em casa, por isso eu vim.
— Espera no carro, eu não vou demorar. — falei.
Peguei minha bolsa, saí do carro e caminhei até a porta, bati algumas vezes nela e minha irmã logo atendeu.
— Betina? — ela abriu um sorriso e me puxou para um abraço — Nossa que saudade, achei que não viria mais, você não veio mês passado. — ela me soltou e encarou-me.
— Não consegui o dinheiro.
— Não estou falando de dinheiro Betina. Eu só estava com saudade de te ver. — ela me deu um sorriso triste.
Odiava essas coisas melancólicas. Mexi na minha bolsa e tirei um saco marrom de papel.
— Toma, isso dá para vocês passarem alguns meses.
— Eu não sei o que mais invento para mamãe, de onde vem esse dinheiro.
— Sabe que se ela souber que veio de mim, ela não vai aceitar. — forcei um sorriso — Eu tenho que ir.
Ela me deu outro abraço, mais apertado que o outro, nos soltamos, ela pegou o saco da minha mão e eu virei as costas, caminhei um pouco rápido até o carro.
— Betina? Agora eu lembro de você. Era a vadiazinha da turma. — ele deu uma risada, e eu o encarei séria.
Não por ele ter me chamado de vadia, mas sim porquê eu não estava afim de piadas agora.
— Vamos emborar. — disse séria.
— Para onde vamos agora?
— Não sei. Só me tira daqui.  

Felicidade ClandestinaOnde histórias criam vida. Descubra agora