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  Uma semana, trabalhando direto. Minhas noites eram maus dormidas, Betina parou de tentar dá encima de mim, confesso que estava sentindo falta. Estava me divertindo com aquilo. Mas hoje para minha alegria eu recebi folga, apesar do Pierre ainda está viajando. E bom eu só queria chegar em casa.
Carro potente é outra coisa, corri até em casa, chegando na metade do tempo que eu chegaria com meu carro. Saí do carro travando o mesmo, ainda era cedo, mas a casa estava toda apagada. Ah! Andy disse que dormiria na casa de uma amiga, que eu espero que seja amiga mesmo, Andy nunca foi de mentir para mim né, mas vai saber. Abri a porta, e ouvi algum barulho estranho, parecia choro sei lá.
Caminhei devagar até de onde barulho vinha, estava com uma puta sensação ruim, o barulho foi ficando mais alto, e sim, era um choro.
— Cala boca vadia. — essa voz... essa voz era do meu pai — Fica quieta, ou eu meto a porrada em você, assim eu faço com sua mãe.
Não. Isso era algum tipo de alucinação, tinha que ser. Meu corpo todo travou, fiquei parado olhando para porta, enquanto o choro continuava. Isso tinha que ser um pesadelo, a qualquer momento eu vou acordar, e esse barulho vai sumir.
Levei minha mão na maçaneta da porta, e abri a mesma. A cena que meus olhos viram, foi como uma faca no meu estômago, meu pai estava encima da Lola, e ela chorava o mais baixo que ela conseguia. Ele parou o que estava fazendo e me olhou assustado, eu acho que minha raiva, meu ódio paralisou todos os meus nervos, eu queria matar ele, mas eu não conseguia nem me mexer.
— Tobias!
Ele disse ficando em pé e fechando a calça. Foi como um estalo, eu acordei do meu transe e olhei para a Lola, que estava encolhida na cama, chorando.
Voltei meus olhos para o Mike, esse é o nome dele, eu nunca mais chamo ele de pai na minha vida. Minha raiva foi subindo, até um ponto que quando eu dei por mim eu estava encima dele, socando seu rosto, a gritava para eu parar, mas eu estava cego de raiva, ele tentava sair, mas eu não ia deixar. Seu rosto já estava coberto por sangue, mas eu não ia parar. Eu não queria parar.  

Felicidade ClandestinaOnde histórias criam vida. Descubra agora