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  Lola dormia tranquilamente, provavelmente elas devem ter dado algo para ela dormir, o sono dela estava muito tranquilo, para quem passou por tudo aquilo, levei meus dedos em seu rosto e acariciei o mesmo. Apesar dela se achar adulta, ela é tão menina, que sinto uma dor no estômago só de lembrar. Ele é um doente. Passei meus dedos novamente pelo seu rosto.
Faz umas meia hora que eu entrei dentro do quarto, deixei o sanduíche e o suco ao lado da cama e estou olhando ela dormir.
A culpa as vezes me bate. Por que eu nunca percebi? Será que isso faz tempo? Mas ela ficou estranha depois de um tempo para cá. Era para ter percebido, que o algo errado, não era com alguém de fora, era aqui dentro de casa.
Meus pensamentos foram deixados de lado quando ela abriu os olhos, e eu dei um sorriso torto.
— Oi. — falei baixo.
— Oi. — ela usou o mesmo tom.
— Trouxe comida para você. — peguei o prato com sanduíche e copo.
Ela se ajeitou na cama, sentando-se encosta na parede.
— Eu não estou com fome.
— Come, por favor.
Ela suspirou e esticou a mão para pegar o prato, entreguei a mesma, e ela começou a comer, fiquei parado esperando ela terminar.
— Pronto. Feliz?
Disse e me entregou o prato e o copo, deixei os mesmos no chão, e virei-me para ela.
— Muito.
Respondi e ela deu um meio sorriso.
— Sua mão, quebrou? Você está bem?
Ela perguntou e dei uma curta risada.
— Ela está bem. E eu deveria perguntar isso.
Ela só ficou me encarando, deitei na cama e puxei para perto de mim, ela veio se aninhando no meu peito.
— Sabe a coisa que eu acho mais bonita em você? — ela ergueu o rosto e me encarou com um olhar cuioso, apoiando o queixo em meu peitoral — Seu sorriso, seria bem legal vê ele agora.
Ela ficou encima de mim, e sorriu, levei minhas mãos em seu cabelo, e ela colocou nossos lábios.  

Felicidade ClandestinaOnde histórias criam vida. Descubra agora