Felicidade Clandestina

10:

  Chegamos à mansão onde a tal Lindsay morava, a mesma desceu e nós seguimos para casa do Miller.
Senti meu celular vibrar, e a tela dizia que era a Andy.
— Andy, aconteceu alguma coisa?
Ela nunca me ligava. Fiquei realmente preocupado.
— Não. Você não voltou para casa, fiquei preocupada? Estou atrapalhando?
Soltei um suspiro de alívio.
— Está tudo bem, tenho que ficar por aqui. Quando der eu passo ai. Está tudo bem por ai?.
— Tudo normal, mesmo de sempre. A única coisa diferente é a Lola, ela está estranha. Ela é sempre tão animada, mesmo com tudo. Ela está quieta, amuada pelos cantos, é estranho de se ver.
— Aconteceu algo com ela?
Não sou tão frio assim. Fiquei preocupado, eu me preocupo com ela.
— Não sei. Já tentei saber, mas ela não me diz.
— Tudo bem. Tenho que trabalhar, se cuida, qualquer problema me liga. Eu amo você.
— Pode deixar. Eu te amo mais Tobi.
Desliguei o telefone, e percebi pela minha visão periférica que ela estava me observando. Ignorei. Mantive meu rosto erguido olhando para fora da janela.
Ao chegar na mansão dos Miller tive que carregar todas as sacolas das compras da Betina. Eu estava me sentindo um lixo, um homem do meu porte, obedecendo e seguindo uma mulher vinte quatro horas por dia.
— Bom, agora vou trocar de roupa e ir para academia. Sabe onde fica? — perguntou tirando seus óculos escuros e me encarando.
— Não.
— Quando você for se dirigir a mim, gostaria que fosse com mais respeito, então repete comigo: Não senhora. — ela disse de forma provocante, na realidade acho que ela já percebeu o quanto odeio receber ordens, só está tentando me irritar.
— Não senhora. — disse firme, apesar de eu querer gritar e xingar todos palavrões existentes.
Ela deu um sorriso cínico, e mordeu o lábio inferior.
— Assim que eu gosto. — disse sorrindo ainda e virou as costas — Me siga.