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  — Senhor e senhora Miller, estão esperando no carro. Iremos no carro que irá segui-los. — ele explicou, e eu assenti.
Segui-o até o carro, e lembrei do que a vadia Miller disse, e realmente estou parecendo um cachorro adestrado seguindo as pessoas, eu não sou isso, esse tipo de trabalho não serve para mim. Entrei em um carro preto na banco de trás, enquanto o cara entrou no banco do carona.
O motorista que vestia uma uniforme certo para sua função, ligou o carro e deu partida. Havia um homem ao meu lado, também com a roupa igual a minha.
— Matt. — o cara do meu lado ergueu a mão.
— Tobias. — segurei sua mão e apertei.
— Só uma aviso... Cuidado com o furacão Betina. — disse baixo, e eu o encarei sem entender.
— Furacão? — perguntei tentando analisar o que ele estava falando.
— Furacão fazem estragos sem nem você perceber, é rápido, quando você nota já está na merda. Então, descrevi a Betina para você. — o cara que eu fiquei seguindo, que estava sentado na frente respondeu.
Não falei mais nada, e o resto do caminho foi em silêncio total. Adentramos em uma mansão, os carros entravam em linha reta, em uma fileira, diminuiu a velocidade, o carro parou e nós três descemos em sincronia, todos juntos.
Então começou meu trabalho, Matt era o segurança pessoal do Pierre, pelo que notei é o cara de extrema confiança do mesmo, então ele ficou ao meu lado. Os outros estavam espalhados entre os convidados, ganhei um ponto que coloco no ouvido e um microfone que ficou preso na parte interior do meu terno, assim ouço os outros seguranças, e eles me ouvem se eu falar.
Convidados e mais convidados, por fim eles pararam e se sentaram em uma mesa. Aquela porra estava um saco, depois de quatro horas em pé, eu rezava internamente para essa merda toda acabar. Eu não podia mijar, comer, sentar, puta que pariu, até quando vou aguentar isso? Odeio ser controlado. Odeio.  

Felicidade ClandestinaOnde histórias criam vida. Descubra agora