Felicidade Clandestina

22:

  Folga, folga, amo essa palavra. Amo mais ainda esse dia, Pierre voltou de viagem e me liberou para ficar a sós com sua mulher. Pensei em fazer algo hoje, além de ir para casa e dormir, mas antes resolvi passar em casa, para ver como estava as coisas, e para tomar banho, trocar de roupa.
Estava com carro o Pierre deixou nas minhas mãos, não podia dizer que era meu, um empréstimo digamos assim, seria meu enquanto eu trabalhasse para ele. Assim que estacionei na frente de casa, avistei Andy com um garoto, que eu nunca tinha visto com ela, fiquei observando os dois, ele colocou sua jaqueta nos ombros dela. Ela abriu um sorriso de adolescente apaixonada, percebi ele se inclinar um pouco, obviamente para beija-la. Saí do carro batendo a porta com força, o que fez os dois se assustarem.
— Que porra é essa? — gritei irritado.
Andy e o filho da puta me olharam assustados.
— Tobi, por favor.
— Por favor o caralho, entra para dentro de casa agora. — apontei para a porta e ela estreitou os olhos, pisando firme até a porta da entrada — E você, quem é você?
— Eu sou o... o... Luke. — ele gaguejou.
Eu dei dois passos em direção à ele. E segurei o mesmo pela gola da camisa.
— Não chega perto dela de novo, nunca mais, entendeu?! — ele assentiu e tentou se soltar — Se eu souber que você esteve com ela, reze para nunca mais encontrar comigo na rua, porque se encontrar, você está fudido.
— Si...si...sim. — soltei-o e joguei o no chão.
Ele levantou atordoado e saiu correndo. Olhei para casa do lado e fui até a mesma, bati na porta algumas vezes, e o Peter veio com aquela cara de mosca morta dele, seus olhos se arregalaram ao me ver, mas ele abriu a porta.
— Qual o seu problema? — gritei com o mesmo e ele só faltou tremer — Quem é o babaca que a Andy estava?
— Ele é... Do... Time.. Do time de futebol. Eles saíram algumas vezes.
Apesar dele estar se borrando de medo, pude notar um desgosto no seu tom de voz.
— Eu achava que você é um banana, agora eu tenho certeza. Você passou dez anos babando na minha irmã, para deixar vim um filho da puta e pegar ela. — passei a mão no cabelo irritado — Você gosta dela, não gosta?
— É. Eu gosto sim.
— Então faça o favor de não deixar aquele babaca se aproximar dela de novo, e vê se luta pelo que você quer.
Ele me olhava sem entender nada.
— Eu achava que você me odiava.
— Que?! Você convive com a Andy à dez anos e nunca tentou enfiar o pênis nela.Você respeita ela, as vezes eu sou durão, mas é meu jeito de proteger elas. — suspirei.
— Ele não vai mais chegar perto dela. — encarei-o — É, isso. Ele não vai mais chegar perto dela.
— Espero.
Virei as costas e saí andando. Eu não gostava do fato da Andy namorar com alguém, mas ela não iria morrer virgem, infelizmente. Então queria alguém se confiança ao lado dela, e eu confiava no banana do Peter.