Henrique narrando
Acordo, arrumo-me e vou à cozinha. Quando entro lá, sinto o delicioso dos pães recém-retirados do forno pela vovó. Sento-me enquanto os patrões não acordam e degusto como uma criança feliz.
Uma hora depois, Joana e Pierre mandam-me servir a refeição. Quando vou servir Antonieta, ela deixa o leite cair, tudo voltou ao normal.
—Não olhas para o que fazes!— ela grita.
—Desculpa, senhorita.
Pego um pano e começo a limpar e depois vou imediatamente para o jardim, onde meu pai está cuidando do jardim.
—Oi, pai, o que estás plantando?
—Lírios.
—Os favoritos da mamãe?
—Sim— De repente, ele começa a respirar com dificuldade.
—Pai, encontra-te bem?— Ele não responde e cai no chão com as mãos no peito. —PAI! RESPONDA-ME!— eu grito e sinto meus olhos marejarem. Logo aparece Pierre que pergunta:
—O que está acontecendo aqui?
—Eu não sei!— estou chorando muito— Ele... caiu e... e...— não consigo terminar, pois estou soluçando muito.
—Entre e chame por Isabel.
—Sim, senhor!
Corro muito rápido e encontro-a indo na direção dos dormitórios.
—Vovó!— assim que eu a chamo— O.. senhor.. Pierre.. está.. chamando.. te.. no jardim..— digo tentando recuperar o fôlego.
—Tudo bem!
Umas duas horas depois, vovó entra no meu quarto chorando muito e eu estranho, pois eu só vi-a chorar quando a minha mãe faleceu. NÃO, NÃO, NÃO, ISSO É SÓ UM SONHO. MEU PAI NÃO PODE ESTAR MORTO. Sinto meus olhos encherem d'água.
—Henrique, querido, sente, por favor!— faço o que ela manda muito nervoso.
—O que aconteceu? Meu pai está bem?
—Amor, teu pai... ele... ele faleceu. Eu sinto muito!
Ela abraça-me, mas não consigo retribuir, pois estou muito chocado ainda. Meu querido pai encontrou minha mãe e agora eles ficarão juntos. Soluço bastante. Estou sozinho nesse imenso mundo. Sinto inúmeras lágrimas escorrem em meu rosto e não paro de soluçar. A realidade apareceu. MEU PAI ESTÁ MORTO!
Antonieta narrando
Vejo um burburinho na área de serviço, então vou lá para descobrir o que estava acontecendo. Quando chego lá, encontro Luís no chão (mídia) sendo embrulhado e muito choros. Percebo que ele havia falecido, então, Henrique veio-me a cabeça. MAS POR QUE DIABOS EU ESTOU PENSANDO NAQUELE GAROTO? No entanto, percebo o quanto fui egoísta neste pensamento, porque ele perdeu o pai e eu aqui fazendo esse drama, por está pensando nele.
Vou em direção ao quarto do órfão e quando chego, ouço pequenos soluços vindo de dentro.
—Henrique, posso entrar?— pergunto batendo na porta.
—Sim— a resposta sai com certa dificuldade.
Entro pela primeira vez no quarto e observo que há somente uma mesinha e uma cama, logo, encontro-o encolhido, tremendo. Deve ser devido ao choro.
—Tu queres conversar?- pergunto receosa e não recebo resposta— Desculpa, eu nem sei o que estou fazendo aqui.
—Não! Por favor, fique. Agora é a sua vez de recompensar o ocorrido de ontem— coro lembrando-me do dia anterior.
—Tu queres falar sobre o quê?
—Nada— fico confusa— só não quero ficar sozinho...
Fico desconfortável no momento, mas permaneço lá aninhando-o até ele cair no sono.
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Oi gente, eu sei que tô postando super tarde, mas ainda é sábado.
Até semana que vem com mais um capitulo
Beijos com açúcar
Giovanna ;)
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Obrigados a casar
RomanceNa França do século XIX, Henrique é um jovem de origem humilde de 17 anos que fora vendido, antes de nascer, para os patrões de seus pais, a fim de seus parentes não percam o emprego. Enquanto Antonieta é uma condessa francesa de 20 anos, quase 21...