Antonieta narrando
Saímos do baile às 3h e Henrique mal consegue manter os olhos abertos, pois bebeu e está cansado. Chegando ao hotel, tenho que pedir para um empregado ajudar-me a levar- o para o quarto, porque neste momento ele pegou no sono. Quando é deitado, agradeço o empregado e dou- lhe um pouco de dinheiro. Logo, volto para meu 'esposo' e começo a tirar sua roupa deixando- lhe apenas com a roupa de baixo. Troco- me e durmo.
Acordo por volta da 8h e vejo que meu parceiro ainda está dormindo, então, começo a arrumar-me. Às 9h, ele acorda.
—Hoje, eu que fiquei esperando— rio.
—Que horas é a conferência?— pergunta.
—Às 15h.
—Então é melhor já arrumar-me.
Meia hora depois, descemos e tomamos café. Logo, recebo uma carta.
Querida filha,
Gostaria de saber como estás e como está sendo viver a vida de casada.
Estou enviando essa carta também para avisar que consegui que tu sejas minha representante no conselho, pois como já sabes: não permitem que mulheres participem das reuniões, porém, depois de argumentar bastante e explicar nossa situação, aceitaram que tu participasses.
Não esqueça de avisar que Henrique deve ficar com as mulheres, tu já sabes como funciona.
Estamos com muitas saudades.Beijos,
Papai.
Fiquei tão feliz quando li que o dono da carta conseguiu minha autorização para a conferência.
—Henrique, eu consegui entrar na reunião— digo.
—Meus parabéns.
—Mas tem um porém.
—Como assim?
—Como eu vou participar, tu deves ficar com as mulheres— falo muito rápido,mas foi o bastante para ele entender.
—O que?— grita chamando a atenção de algumas pessoas.
—Desculpe- me, mas é a regra— ele emburra a cara.
—Perdi a fome.
Às 13h, arrumo o que falta para partimos e logo sinto algo sendo posto em minha costas.
—É para não ficares doente— ouço-o dizer.
—Obrigada.
Saímos e chegamos meia hora antes do evento começar.
—Oi, amiga— Sabrine diz— Hoje poderemos por conversar melhor.
—Eu bem que gostaria, mas eu participarei da reunião.
—Como?— faz uma cara de confusa.
—Venha aqui— puxo- a para o canto— Henrique, não é um duque e sim meu empregado que teve que se casar comigo para que eu estivesse aqui.
—Coitado, mas como conseguiu entrar?
—Papai teve que explicar a situação.
—Hum, entendi.
—Pode fazer- me um favor?
—Claro, somos melhores amigas.
—Poderia conversar com ele durante o tempo da reunião?
—Tudo bem.
Henrique narrando
Vejo Antonieta entrando em uma sala.
—Venha— diz Sabrine.
—Tudo bem.
Sentamos um pouco distantes das outras mulheres e começamos a conversar:
—Quantos anos você tem?— pergunto.
—22 e você?
—17.
—Só? Que novinho!
—É... uh, comida favorita?
—Croque monsier
(Autora: eu não sabia que isso existia, mas quando li que nasceu no século XIX, logo o peguei)
—Nunca ouvi falar.
—É um sanduíche feito de pão de forma, queijo gruyère, manteiga e molho branco bechamel.
—Parece ser bom.
—É uma delícia! Peça para Antonieta levar-te a uma padaria que tem no centro de Paris. Foi ela que me apresentou a essa iguaria— rio da cara que ela faz.
Conversamos mais uma hora e meia e logo vamos embora. Enquanto estamos na carruagem:
—Como foi à reunião? —pergunto— Antonieta? Responda- me, por favor— peço— Antonieta!
—CALE A BOCA UM POUCO! NÃO VÊS QUE ESTOU CANSADA— ela grita.
—Desculpa— parece que alguém está nervosa.
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E aí galera? Gostaram dos capítulos?Domingo tem mais
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Bjs açucarados,
Giovanna 😀😀😀😀😀
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Obrigados a casar
RomanceNa França do século XIX, Henrique é um jovem de origem humilde de 17 anos que fora vendido, antes de nascer, para os patrões de seus pais, a fim de seus parentes não percam o emprego. Enquanto Antonieta é uma condessa francesa de 20 anos, quase 21...