Napoleão narrando
O meu plano é fazer de tudo para que Antonieta esqueça Henrique e fique comigo. Tu deves estás perguntando-se, caro leitor, e o que farás com Ilka? E eu respondo-lhe, simples, devolve-a-rei para seu pai, pois ele não aceitou nosso casamento.
Ele queria que ela se casasse com um príncipe para que lhe desse vantagem política, militar e territorial, mas na época, nós estávamos apaixonados. Porém, com o tempo fui percebendo que a princesa não passava de uma paixonite passageira.
Vou começar o plano o mais rápido possível e vou usar o Rio de Janeiro ao meu favor.
Henrique narrando
O povo brasileiro é muito alegre e acolhedor. Eu queria que os franceses fossem assim também. Hoje, nós vamos comer feijoada, um prato típico do Brasil. Depois vamos a Igreja de Nossa Senhora da Candelária e a noite terá outro baile para comemorar o fim de mais um ano de conferências.
—Henrique— sou despertado de meus pensamentos por Antonieta chamando-me— Vamos logo!
—Estou indo— chegando lá, ela pega meu braço e logo entrelaço, pois entendi que ela queria que eu a conduzisse. Eu estranhei, mas não perguntei— Tu sabes para onde ir?— Questiono.
—Não— arregalo os olhos— mas é só perguntar— concordo com a cabeça.
—Então vamos, pois estou com muita fome— ela ri.
Convidamos também Pietro e Sabrine para vir conosco.
—Como vós irais para o baile?— Sabrine pergunta— Usarei aquele vestido que mostrei-te, Antonieta, e Pietro vai com um conjunto que foi feito por aquele estilista russo famoso.
—Provavelmente, meu vestido vermelho feito na Alemanha e Henrique, seu terno espanhol— responde Antonieta.
—Ela irá surpreender-te— Sabrine sussurra no meu ouvido. O que ela quis dizer com isso?
Antonieta narrando
O passeio de hoje foi muito bom e agora estou arrumando-me para o baile. Eu escolhi esse vestido para impressionar o Henrique, porque eu estou apaixonada por ele. Tentei ao máximo evitar isso, todavia, não consegui resistir aos seus charmes. Até falando como apaixonada, eu estou. No entanto, voltando ao baile, nós estamos saindo para a festa.
Chegando lá, fomos direto a mesa de bebidas. Eu pego uma taça de champanhe e Henrique pegou um copo de suco de abacaxi, uma fruta típica do Brasil. De repente, Napoleão, sozinho, aproxima-se de nós.
—Boa noite, duquesa Agreste— falou olhando somente para mim, ou seja, ignorando totalmente meu marido.
—Boa noite para tu, Napoleão— disse meu esposo— Onde se encontra Ilka?— o outro fica... nervoso?
—Bem colocado— comento— Ainda não a vi. Gostaria de cumprimentá-la como tenho feito com todas as mulheres de meus companheiros.
—Bem... Nós não somos mais casados.
—Isso significa que não poderás mais das Conferências, pois tu não és casado— Henrique dá um sorriso mínimo e eu também que não foi percebido por Napoleão.
—Eu já estou buscando uma nova parceira para mim, não precisam se preocupar com essa questão— ele sai com raiva.
Henrique que está do meu lado posiciona-se na minha frente: —Fui somente eu que percebi que ele ficou com raiva quando comentamos da Ilka— ele faz uma careta e eu rio.
—Outra coisa que percebi é que ele depois de tanto tempo ainda trata-te como não estivesse no local.
—Não ligue para isso— ele olha para o salão e novamente para mim— Vamos aproveitar esse baile da melhor maneira possível!— diz fazendo uma dança engraçada e eu rio.
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Olha quem voltou? Bem, gente, eu fiz essa postagem por 2 motivos:
1-Atrasei as postagens e
2-É a última postagem desse ano
Quero lhes desejar feliz natal atrasado e feliz ano novo adiantado.
O Próximo capítulo vai ter um tema muito legal!
Bjs açucarados,
Giovanna 😀
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Obrigados a casar
RomanceNa França do século XIX, Henrique é um jovem de origem humilde de 17 anos que fora vendido, antes de nascer, para os patrões de seus pais, a fim de seus parentes não percam o emprego. Enquanto Antonieta é uma condessa francesa de 20 anos, quase 21...