Le contrat

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Antonieta narrando

Depois de Henrique dormir, vou para meu quarto e durmo profundamente.

No dia seguinte, acordo e faço a rotina de sempre. Às duas da tarde, meu pai chama-me para seu escritório. Ao chegar lá, encontro meus pais conversando com aparência preocupada.

—Mãe, pai...

—Querida, sente, pois teremos uma conversa muito séria— diz mamãe.

—Tudo bem— sento-me— O que vós quereis falar comigo?

—Tu sabes que a Conferência de Barcelona acontecerá em dois meses?— papai pergunta e eu concordo— Que bom! Então, nesta próxima reunião não poderei ir, por causa da sua idade.

—Não estou entendendo— falo confusa— Poderias me explicar?

—Como tu irás completar 21 anos, atingirás a maioridade e terás que ir às futuras reuniões pelo mundo, mas há um problema...

—Qual?

—Para que possas assumir, terás que se casar— ele diz a última parte rápida e nervoso.

—O que?!— falo não acreditando— Não é possível!

—Sim, minha querida— é a minha mãe quem diz.

—Mas com quem me casarei em tão pouco tempo?

—É isso que estamos vendo— papai diz preocupado.

—Querido— mamãe chama-o e eles começam a sussurrar.

—É, ele seria perfeito!— ele exclama.

—Quem?— questiono.

—Henrique...

Henrique narrando

Ainda estou triste pela morte do meu pai, mas o trabalho continua. Estou limpando as janelas da sala de estar, quando Joshua, o cocheiro, diz:

—Henrique, o patrão está chamando-te!

—Tudo bem! Estou indo.

Subo apreensivo, pois Pierre só chama-me para algo muito importante ou para reclamar comigo. Ao chegar à porta do seu escritório, bato e escuto um "entre". Ao abrir a porta, vejo que toda família Agreste está no cômodo. O casal parece feliz e Antonieta olha-me com ódio.

—Mandaste chamar-me, senhor?— pergunto de cabeça baixa.

—Sim— ele responde frio— sente-te aqui!

Ele aponta uma cadeira perto à pequena mesa que ele usa para fazer refeições. Todo envergonhado, ando por toda a sala e sento-me olhando para o chão.

—Tu sabes— Pierre começa— que teus pais começaram a trabalhar aqui um pouco antes de Antonieta nascer?

—Sim, senhor.

—Essa parte ninguém, menos eu e Joana, sabe. Henrique, tu pertences-me devido a um contrato.

—Como?— pergunto muito confuso.

—Querido, —Joana fala— teus pais venderam-te um pouco de tu nascer, ou seja, nós podemos fazer o que quisermos contigo— sua voz sai triste.

—A Conferência de Barcelona está chegando e Antonieta precisa de um marido para poder ir às reuniões.— Pierre diz.

—Mas o que tenho haver com isso?

—Não temos tempo para achar um bom pretendente para ela- Pierre continua.

—Então tu casarás com a nossa filha— é a vez de Joana falar.

—O que?

—Tome— meu senhor deu-me uma caneta— Assine aqui— aponta para uma linha— Tu não tens opção!

Assino e não sei o que acontecerá depois.

Obrigados a casarOnde histórias criam vida. Descubra agora