Na França do século XIX, Henrique é um jovem de origem humilde de 17 anos que fora vendido, antes de nascer, para os patrões de seus pais, a fim de seus parentes não percam o emprego.
Enquanto Antonieta é uma condessa francesa de 20 anos, quase 21...
Depois de assinar o acordo, eu saio da sala de Pierre e vou para a cozinha e começo a chorar. Logo depois, Isabel chega e diz:
—Henrique, o que houve?
—Eu.. fui.. vendido...— respiro fundo para continuar— Meus pais fizeram isso antes mesmo de eu nascer.
—Amor, eu já sabia...
—O quê?!— fico incrédulo com a resposta dela.
—A tua mãe, no dia que teu pai assinou o contrato, contou-me, chorando muito, que eles fizeram para o teu bem. Ela nunca aceitou, mas não havia nada que se pudesse fazer para convencer o patrão.
—Vovó, eu vou ter que me casar!
—Por quê?— ela falou chocada.
—Para que Antonieta possa receber as posses de Pierre, ela precisa ser casada. Então, eu fui à escolha deles para que o casamento seja o mais breve possível.
—Querido, tu serás um excelente esposo!
—Achas mesmo?
—Henrique, qualquer garota que te conhecer, com certeza gostará da tua personalidade.— eu coro.
—Obrigado. Sempre sabes como alegrar-me— abraço-a.
No dia seguinte...
Acordo e encontro na minha cama uma roupa de alta costura e creio que eu deva usar. Após ficar meia hora arrumando-me— que roupa complicada de colocar, é manga pra cá, meia pra lá— vou para a cozinha, mas Isabel diz que eu devo ir para a sala de jantar, pois estão esperando-me. Abro a porta e encontro apenas Joana na sala e estranho.
—Bom dia, senhora!— digo.
—Henrique, não será mais necessário chamar-me assim. Pode falar apenas Joana.— ela responde.
—Ah, tudo bem. Desculpa. Onde estão os outros?
—Já tomaram café. Hoje, tu terás uma aula de boas maneiras!
—Oh, mas por quê?
—Para que não erres durante as Conferências,
—Entendi— estou vendo que isso não será fácil— Bom por onde começamos?
—Gosto do seu entusiasmo!— sorrio— Bem, começaremos do início. Vamos tomar café.
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Quando me aproximo da mesa, fico chocado com a quantidade de peças para que degustemos. Puxo a cadeira para que Joana sente.
—Meus parabéns! Já fez uma parte do que tu deves fazer.
—Obrigado— digo corando.
Durante a refeição, minha 'professora' dizia o que fazer e dava-me dicas de conversas. Foi muito divertido!
Antonieta narrando
Na hora do almoço, eu vou para a sala de refeições e encontro minha mãe e meu "noivo" conversando animadamente.
—Oi— digo e ambos olham para mim.
—Olá, minha querida.
—Oi— Henrique fala timidamente.
Eu aproximo-me da mesa e o jovem puxa a cadeira para que eu sente.
—Que cavalheiro! Obrigada!
—Por n-nada— ele responde corando.
Logo, meu pai chega e estranha o garoto no cômodo, mas mamãe olha-o reprendendo.
—Boa tarde— ele diz.
—Boa tarde— todos respondemos.
Percebo que Henrique está com a cabeça baixa, deve estar envergonhado.
—Tu estás bem?— sussurro no seu ouvido, já que estamos um do lado do outro e ele assusta-se um pouco.
—Sim, só um pouco descontável com tudo isso.— responde.
—Querida, já pensou no que tu queres de presente de aniversário?— papai pergunta.
—Uma festa com toda a família.— sempre quis isso, mas nunca aconteceu.
—Eu acho uma boa ideia— Henrique diz, mas somente eu escuto.
—Falou algo, amor?— mamãe questiona.
—Eu acho que é uma boa ideia.— ele responde.
—Por quê?— meu pai pergunta.
—Hm, creio que será uma forma legal de comemorar o aniversário e, além disso, seria uma maneira de anunciar o nosso noivado— ele diz a última corando muito e eu acho fofo. O que eu pensei?
—Eu não pensei por esse lado. É uma excelente ideia, garoto— papai comenta e Henrique sorri— o que tu achas filha?
