Capítulo 22 - Ben

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Assistam o vídeo com tradução da música desse capítulo!
Love You Goodbye - One Direction

Dias atuais...

Puta que pariu!

O que eu fiz???

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De: Ben

Julie, por favor fala comigo.
Me atende.

Meu Deus!!!

Você entendeu tudo errado!
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De: Ben

Você não me escutou, Julie. Não me deixou falar, você não sabe o que aconteceu. Não me odeia, não. Por favor!

Me escuta, depois você pode chutar minha bunda e cortar meus sacos fora.
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De: Ben

Eu nem posso descrever como me sinto e nem ouso a explicar nada por aqui, não seria digno.
Por favor, Julie... Fala comigo.
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De: Ben

Eu sei que sou um idiota.
Mas só me escuta uma vez?
📢Julieeeeeee
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De: Ben

Eu sei que você está com uma puta raiva de mim e tem toda razão. Mas não vou desistir de você!
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Eu sou um idiota e nunca vou me perdoar. Acabei de ter a mulher que sempre amei em minhas mãos e a deixei escorregar pelo dedos.

Eu detesto rotina.

Mas por Julie, eu aceitaria obedientemente se me dessem um roteiro pronto para ser seguido todo dia pelo resto dos meus dias, só para não ser fodido por essa merda de timing, que nunca chega nem dá certo, do que perdê-la de novo.

Todos os dias passo de carro em frente a sua casa.

Meu lado racional sabe que ela precisa de tempo, de espaço e eu preciso respeitar isso.

Mas meu lado não racional (coração) quer arrebentar aquela porta e entrar lá para envolvê-la em meus braços e calmamente contar-lhe tudo e dizê-la que toda essa porra vai ficar bem.

Ela é tão quebrada.

Tão forte e tão frágil ao mesmo tempo.

Ela é especial e não merecia toda essa merda.

Infelizmente, pelo menos por enquanto...

Apenas o que parece certo, mesmo sabendo que algo está errado...

A porra do lado racional vence.

***
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Desabafos...

É tão difícil compreender as emoções quando se rompe uma relação. Perda. Quando se perde um grande amor, muitas dúvidas dolorosas emergem sob o fundo do sofrimento.

Deparamos-nos com o que é a dor, a impotência diante dos sentimentos, a paciência necessária para esperar passar, pois a dor de amor não passa na velocidade da net, do gigas, dos chips, e o tempo que isso leva é indeterminado, é pessoal e singular.

Aceitar os altos e baixos, os enganos, os tropeços, as dúvidas, a falta de controle.

Aceitar a não ter certeza, aceitar não ter acesso ao que o outro sente e pensa, as fraquezas, os medos, a culpa...

O tempo não volta e as coisas não se apagam, mas nada vai permanecer do jeito que estava.

A incerteza do futuro corrói, o medo do que virá, a ansiedade pelo novo e desconhecido, a prisão do passado, do familiar...

Que falta faz, será abstinência?

Temos sim abstinência do outro a quem amamos e perdemos, somos forçados a esquecer quando ainda, ainda não estávamos preparados.

O choro que insiste em voltar, a vida que segue, e o tempo que insiste em passar, a confusão que não consegue chegar ao fim.

Amor perdido?

Mas não esquecido. Nunca!

Todo amor, Ben. XX
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Rascunho salvo na pasta >Julie<

Quem Eu Deveria Ser? (Não Revisada)Onde histórias criam vida. Descubra agora