Malditos hormônios!

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P.O.V GABI

Sabem aqueles relatos de mães falando o quanto gravidez é algo mágico? É TUDO MENTIRA CARALHO!

Não acreditem! To uma porca de gorda, choro o dia todo e só tenho vontade de matar todo mundo. São tudo um bando de filhos da puta, só sabem encher meu saco. Mas eles não tem culpa. A culpa é do babaca do Anthony!

É tudo culpa dele e daquele pau viciante. E dessa vadia esfregando esse corpo perfeito na cara do meu marido, eu sabia que deveria parar com as aulas de yôga, mas a vaca da Pamela tinha que falar pro babaca que as aulas fariam bem. Agora ele me obriga a vir só pra ficar olhando pra bunda dessas vadias!

- Amor...- Ele tenta me tocar.- Porquê está chorando?!- Cínico!

- AMOR O CARALHO! ISSO É TUDO CULPA SUAAAAA... EU DISSE QUE NÃO QUERIA BEBÊ. MAS VOCÊ TINHA QUE ENFIAR ESSE PAU EM MIM! AGORA VAI ME TROCAR POR ESSAS VADIAS GOSTOSAS ENQUANTO EU VOU FICAR GORDA E ABANDONADA COM UM BEBÊ! EU ODEIOOO VOCÊ...- Olho pra ele que ri.- FILHO DA PUTA! RI MESMO. APROVEITA ENQUANTO EU AINDA NÃO ARRANQUEI SEUS DENTES LINDOS E PERFEITOS...- Ele me abraça apertado e não deixa eu me afastar.

- Você sabe que está louca, não é? Eu já disse que só tenho olhos pra você minha pequena.- Volto a chorar.

- Eu sei... Eu não te odeio e quero sim nossa segmentinha.- Digo fungando.

- Eu sei meu amor. Acho que é melhor a gente ir embora agora...- Ele beija minha testa antes de se levantar e me ajudar a levantar também.

- Mas e a aula?- Ele olha em volta.

- Acho que ninguém aqui vai conseguir voltar a aula agora.- Olho em volta e todas as mulheres estão olhando para nós. Mentira, essas vadias tão de olho no meu marido! Ah eu vou furar os olhos de todas elas...

- Nossa, você é um marido tão fofo Anthony.- A professora diz sorrindo. Vacaaaaa. Abraço MEU marido.

- Fofo e meu. Parem de olhar, todas vocês! ELE É MEU PORRA!- O abraço apertado e lanço meu pior olhar para todas elas. Escuto ele se desculpar por mim, como se isso fosse necessário e, finalmente, vamos embora.

- Está mais calma?- Ele pergunta assim que entramos no apartamento.

- Eu não estava nervosa.- Dou de ombros.- Vou tomar um banho.- Me aproximo dele e fico na ponta dos pés para beijar seu pescoço.- Você pode vir comigo se quiser...- Ele me dá seu sorriso bonito.

- Não precisava nem convidar pequena.- Ele me pega no colo e seguimos rumo ao banheiro.

[...]

- Energúmeno...- O chacoalho na cama. Ele resmunga mas não acorda.- Levanta!- Nada.- Então é assim filho da puta?- Me levanto e vou na cozinha, pego um copo grande e o encho com água gelada. Volto para o quarto e o babaca continua dormindo, taco a água na cara dele.

- QUE ISSO CARALHO?! QUER ME MATAR DESGRAÇA. PUTA QUE PARIU...- Começo a chorar.

- Eu... Eu só queria que você fosse comprar sorvete de morango pra mim...- Ele me olha e vejo que se acalmou.

- Precisava tacar água gelada em mim?- Ele revira os olhos.

-A CULPA É SUA QUE NÃO QUIS ACORDAR QUANDO EU TE CHAMEI. QUER SABER? FODA-SE!- Começo a vestir um vestido que deixei no chão.- EU MESMA VOU COMPRAR A PORRA DO SORVETE. DE MADRUGADA, SOZINHA E GRÁVIDA. SEU INÚTIL! EU QUERO O DIVÓRCIO...- Visto uma sapatilha sem olhar pro energúmeno.

- Minha Deusa não é pra tanto... Eu vou comprar o sorvete pra você.- Bufo. Agora que eu já me vesti?- Vá se deitar que eu já volto...- Sinto ele beijar meu pescoço e meu corpo se arrepia. Me viro e o puxo para um beijo.

O Advogado  - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora