CARLOS
RECEBO UMA ligação de um número desconhecido, mas há barulho na boate que mal consigo ouvir...
- É o senhor Marcos...
- André pode tomar conta um minuto? Preciso atender essa ligação – peço ao meu colega de trabalho para que fique no meu lugar enquanto vou para o lado de fora ouvir direito – Alô?
- Alô, senhor Carlos?
- Sim é ele...
- Senhor Carlos aqui é o José. Sou o porteiro no prédio do senhor Marcos.
- Oi José. Aconteceu alguma coisa?
- Sim. Seu Carlos o senhor Marcos está indo para o hospital.
- Hospital? Espera que eu estou indo pra aí.
Coloco o celular no bolso e aviso que estou de saída, como a boate já está quase fechando, ninguém se importa. O prédio do Marcos é próximo daqui vou correndo até lá. Chegando ao prédio, vejo uma ambulância saindo.
- Para onde estão levando ele? – pergunto ao bombeiro.
- Você é parente?
- Sim. Sou primo dele.
- Vamos levá-lo para o Santa Efigênia. O senhor pode acompanhá-lo.
- Qual o estado dele?
- Bem, ele está desacordado.
- Eu vou apanhar umas coisas, os documentos e sigo para o hospital depois.
O José está na porta me aguardando. Está muito nervoso.
- Ainda bem que veio senhor Carlos.
- O que houve José?
- Ele estava atravessando a rua e falando ao telefone, de repente veio um carro e atropelou ele. O carro surgiu do nada.
- Mas não parou nem pra auxiliar?
- Não, mas eu anotei o modelo, a placa eu não consegui estava escuro e foi muito rápido.
- Essa cidade está a cada dia mais perigosa. Eu disse a ele para aguardar eu vir com ele. Mas é muito teimoso.
- Aqui está a carteira dele e o celular.
- Ainda bem que você estava aqui José. Agora vou pegar umas roupas e vou para o hospital.
Quando entro no elevador, começo a colocar a bateria de volta no celular que estava todo desmontado e com a tela trincada. Para minha surpresa o telefone volta a tocar. Olho para a tela com dificuldade e vejo que é meu tio Rogério ligando.
- Droga, o que eu vou dizer a ele? Melhor ignorar e ver primeiro o estado do Marcos. Depois eu ligo.
Desligo o aparelho. Pego umas peças de roupas, coloco numa mochila, verifico a carteira dele para ver se os documentos necessários estão todos certos.
Sigo para o hospital.
Chegando vou até a recepção.
- Com licença, o senhor Marcos Gazzo como está e onde está? – pergunto a moça na recepção que verifica o computador.
- O senhor é parente?
- Sim, sou primo.
- Ele está sendo examinado. O senhor terá que aguardar e preencher alguns dados para a internação dele.
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A Outra Que Amo
RandomTudo é muito confuso quando você não sabe qual é o verdadeiro valor de cada lado da moeda. Sempre que busco o amor, ele parece está cada vez mais escondido de mim.