ELA ACEITA voltar comigo, mas desta vez ela faz "uma mala descente" como ela mesma diz. Ligo para o Flávio para saber como foi o retorno de meu pai para casa. E aviso que estou voltando.
No caminho para o aeroporto onde o jatinho nos aguarda Andréia liga para Alice. E Alice diz que não vai atender.
- Você sabe que ela vai continuar ligando – digo para Alice.
- Tudo bem – ela coloca o telefone no viva voz – Oi Andréia o que você quer agora?
- Maninha – diz Andréia com sarcasmo aparente na voz – ainda no interior? Está se divertindo com o meu ex lanchinho?
Alice desliga e não diz nada.
- Você deveria dizer que não sou lanchinho dela. Sou seu namorado.
- Melhor manter essa ... essa... criatura longe de nós.
Finalmente já estamos voando de volta para minha casa. Eu nem consigo acreditar, nem nos meus sonhos mais loucos, imaginei que Alice me perdoaria e ainda aceitaria ser minha namorada.
Ela dorme apoiada em meu ombro durante toda a viagem de volta que não chega a ser tão longa. Deve estar cansada, não deve ter dormido nada assim como eu.
Pouco depois começo a cochilar quando a comissária me acorda avisando que estamos nos preparando para pousar. Com jeito, acordo Alice para o pouso.
Quando descemos do jatinho já havia um carro nos aguardando. Com certeza isso deve ser coisa do Flávio. O motorista apanha a mala da Alice. E entramos no carro. Assim que o carro passa pelo portão. Alice segura minha mão forte.
- Não me diga que está com medo? – pergunto sorrindo como que desafiando ela.
- Não é medo. É nervoso. Antes entrei como sua amiga...
- Agora como minha mulher.
Ela olha rápido para mim.
- Calma. Não estou colocando o carro na frente dos bois. Só dizendo que você agora, Alice Smith, você não será de nenhum outro. Só minha. Eu sou ciumento, já vou logo avisando – começo a sorrir.
- Não tem motivos para ter ciúmes de mim.
- Claro que tenho. Você é tudo que um homem de verdade deseja. E que se foda os outros homens porque eu agora te tirei do mercado. Tenho exclusividade. E acredite minha querida, eu serei só seu. Agora e sempre.
ATRAVESSAMOS A porta de mãos dadas e logo Barb vem até nós.
- Senhorita Alice que bom que retornou.
- Oi Barbara é bom estar de volta.
Barb olha nada discretamente para nossas mãos unidas e olha para mim. Olho de volta e ela sorri, como que aprovando.
- Onde está meu pai Barb?
- No quarto resmungando...
- O que foi agora? Vocês dois parecem marido e mulher... – seguro firme a mão de Alice e vou em direção ao quarto dele. Saio sorrindo e deixo Barb reclamando.
Quando chegamos à porta do quarto paro e olho para Alice.
- Pronta? – falo para Alice. E ela confirma com a cabeça. Dou um beijo leve em sua mão e bato na porta.
- Barbara me deixe em paz mulher. Como você é chata!
- Não é a Barb pai, sou eu – digo abrindo a porta e colocando somente metade do corpo para dentro do quarto.
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A Outra Que Amo
RandomTudo é muito confuso quando você não sabe qual é o verdadeiro valor de cada lado da moeda. Sempre que busco o amor, ele parece está cada vez mais escondido de mim.