Capítulo 2-Se arrisque, ás vezes até se tudo der errado, pode ser bom!

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— Jesus, Nicolas, você parece uma velha falando assim.—Marlon zombou
— Vamos para minha sala. Lá terminamos nossa conversa—Ignoro suas idiotices.
— Você nos acompanha? —Ele pergunta a Emma.
— Oh, não. Eu tenho trabalho a fazer. — Ela  me encara com um olhar de interrogação e eu silenciosamente quero que ela não me desminta.
— Você trabalha aqui? — Marlon não se importou em esconder a surpresa.
— Sim —Emma hesita um pouco.

Marlon abre a boca para fazer mais perguntas, mas eu me antecipo, esticando minhas mãos e agarrando a cintura de Emma. Meus olhos sobem até os seus, pedindo permissão para o que estou prestes a fazer. Sua língua aponta para fora e escorrega pelos lábios, umedecendo-os antes de serem cobertos por meus lábios. É um beijo rápido, furtivo, mas quente o suficiente para despertar meu corpo. Quando nos afastamos, eu não estava satisfeito. Eu queria mais.

— Não se preocupe com o trabalho hoje, Princesa. Vá para casa.

Ela sorriu, parte sem graça, parte nervosa.

— Você tem certeza?
— Sim.

Ela respirou fundo, um pouco confusa. Talvez preocupada, mas não insistiu. Assentiu e jogou a bolsa no ombro.

— Bem, então vou indo. Foi um prazer te conhecer Marlon. — Ela sorriu para ele.
— O prazer com certeza foi meu. — Ele beija a mão dela. — Espero você nas próximas reuniões em família.
— Claro—Ela diz.

Então se vira e anda até o elevador. Seus cabelos escuros brilharam e caíram por suas costas. Sua postura estava reta e  sua passada era regular. A bunda parecia tão fantástica naquela saia apertada que sinto vontade de jogar a civilidade pro alto. 

Meu pau parece gritar: “Vamos comê-la, Nicolas, por favor!”

Pervertido, eu? Bom, eu e todos os homens, digamos... do planeta pensam em sexo o tempo todo, sem pausa. Sim... enquanto você está contando algo fofo em seu primeiro encontro, ele está viajando em várias formas de te foder.

Não sou um doente, okay? Sou um maldito realista!

— Caralho, Nicolas. Você está completamente fodido.—Marlon fez um gesto com a mão e soprou uma respiração pesada.

Ainda bem que tem o meu irmão idiota para ser inconveniente a todo o momento.

— Se você ainda tem algo a me falar, seja rápido! —Digo assim que chegamos na minha sala.
— Eu já posso ver mamãe dizendo:  Seu filho de uma vaca. Eu vou enfiar os dedos nesses seus olhos. Como pode fazer isso com sua mãe? Meu Deus, porque me deste um filho tão ingrato?! —Marlon faz  uma imitação fracassada da voz de nossa mãe.
— Você é muito idiota sabia?—Digo e ele ergue as sobrancelhas com um sorriso irônico.
— Você sabe que o único jeito de não ter que enfrentar a fúria dela é concordando em ir para essa viagem né?

Respiro fundo.

— Sim, eu sei.

Minha mãe é uma mulher maravilhosa, mas contrariá-la é pior do que um orgasmo frustrado. Sério. Isso não é um maldito eufemismo.

É quase comprovado cientificamente.

— Bem, eu amaria ficar o dia todo zombando dessa sua cara feia, mas preciso ir. Naty  tem consulta daqui à vinte minutos.
— Naty está doente?
— Se você fosse mais presente nos almoços em família saberia que tem um novo sobrinho a caminho. —Diz com um sorriso de orelha a orelha.

Isso me pegou totalmente de surpresa, e fiquei alguns minutos em silêncio.

Marlon, meu irmão mais novo, seria pai!

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