Capítulo 24- O destino é cruel e os homens são dignos de compaixão.

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EMMA

Quando acordei, o sol estava alto no céu e ao meu lado da cama estava vazio. Os lençóis do lado de Nicolas estavam frios, mas uma única rosa vermelha estava no travesseiro e sorri. Eu não estava preparada para o homem romântico escondido no interior de Nicolas. E eu nunca tinha estado com um homem que deixou uma rosa vermelha linda, de haste longo no travesseiro.

Isso era novo. E eu gostei muito.

Eu me espreguicei, sentindo a dor no meu corpo. Reflexo das horas da noite em que ficamos juntos e lavamos a intensidade dos últimos dias em um oceano de beijos, uma torrente de toques e uma nova e diferente emoção de profundidade.

— Teve uma boa noite? — A voz profunda de Nicolas encheu o quarto e eu levantei meu rosto até a porta.

Ele já estava de banho tomado, seu
cabelo perfeito estava um pouco bagunçado. Aqueles olhos da cor
do oceano, se escurecendo quanto mais eu os encarava. Seu peito bem definido em exposição para mim, uma calça azul pendurada nos quadris me dando apenas uma sugestão de seu cinzelado 'V' que me fez cruzar as pernas enquanto ela andava através do quarto até mim, com uma xícara de café em suas mãos.

— Não foi das piores —Provoquei com um sorriso que mal cobre minha face.
— Fico feliz em ajudar, majestade.— Ele brincou me entregando uma xícara enorme de felicidade líquida.
— Nicolas Schiller, já te falei ultimamente o quão incrível você é?
— Não, você está falando sobre isso. — Ele sorriu.
— Você. É. Surpreendente.— Eu disse pausadamente enquanto beijava os
lábios dele.
— E não apenas na cama.—Nicolas sentou ao meu lado na cama.

Eu coloquei a minha xícara na mesa de cabeceira e me desloquei para o colo dele. Ele tinha aceso um fogo em mim na noite passada que precisava extinguir. Parecia que ele estava pronto para o desafio quando puxou a blusa que eu havia usado para dormir fora, atirando-a no chão.

— Não. Você é bastante incrível.

Levei minhas mãos até seu rosto e toquei suavemente com meu polegar. Ele apenas sorri e permite que eu o acarencie. Seus olhos oceânicos, escuros e duros seguravam o universo neles.

Um universo que ele estava oferecendo para mim.

E então, como um selvagem, ele tomou minha boca com um beijo de machucar. Um de urgência, necessidade e elegância. Eu o beijei de volta, minha língua batalhando com a sua, meus dentes puxando seu lábio. Ele gemeu quando eu cravei minhas unhas em seus ombros largos, me estabilizando, e ele agarrou meus quadris. Quando ele me pressionou contra ele, eu o senti endurecendo
em sua calça. Ele abandonou minha boca, e quando seus lábios encontraram minha mandíbula, o toque alto do meu celular encheu o quarto, fazendo os dois gemer em frustração.

— Deixe tocar.— Ele disse enquanro seus lábios se dirigiram até minha
garganta.
— E se for importante? — Eu perguntei entre os beijos.

Ele mordeu meu pescoço.
— Se for importante, irá tocar novamente.— Um sorriso apareceu na sua boca.

O telefone continuou a tocar até que finalmente o som parou. Mas quase um minuto se passou e o telefone tocou novamente.

— Porra! — Ele encostou a testa na minha.
— Eu sinto muito. — Beijei seus lábios macios e em seguida sai de seu colo.

Encontrei meu celular na bolsa e não me preocupei em verificar a tela.

— Olá?
— Emma —A voz embargada de um homem ecoa.
— Ju?
— A mamãe, Emma. Meu Deus...—Meu irmão sussurra do outro lado da linha. Sua voz está fraca, como estivesse se controlando para não desabar no choro.

Eu suspiro e minha mão aperta a minha boca.

O que aconteceu?

Oh deus. Eu não sei se eu posso lidar em ouvir seja o que for que ele vai
dizer em seguida.

— Aconteceu alguma coisa com a mamãe?
Ela...se foi, Emma. A mamãe está morta.

As palavras caíram sobre mim como tijolos jogados do topo de um prédio. Sinto minhas mãos gelarem e meus pés suados. O sangue foge do meu corpo e tenho medo de respirar.
Me vi sem ar. Sem chão. Minhas pernas perdem a sua força e eu caio de joelhos. Frio drena o calor do sangue quente em meu rosto, escurecendo a minha isão. Não consigo respirar. O meu passado e presente colidem, a explosão feroz abre a porta para meu completo desespero.

— Princesa?!— Sinto braços fortes me levantando.— Emma!

Minha garganta está apertada enquanto eu me afasto dos braços de Nicolas. Eu tento ficar em pé, mas não posso, então eu apenas rastejo pelo chão até minha bolsa, minhas mãos deslizando sobre o chão enquanto eu puxo minhas pernas pesadas atrás de mim.

Minha mãe. Deus, não pode ser verdade.

— Alô? — Mesmo em meus estado nublado eu posso ouvir Nicolas.

Ele está com meu telefone, provavelmente tentando entender o que me deixou assim, com a agonia me sufocando e saindo em berros cheios de agonia pronunciada.

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