Capítulo 41-Palavras não conseguem descrever o tamanho do meu amor por você

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NICOLAS

Tem sido umas boas cinco horas desde a última vez que vi Emma em meu escritório. Ela não atendeu minhas chamadas ou respondeu a meus textos, e a última vez que eu tentei ligar, eu fui direto para o correio de voz.

Ela desligou o maldito telefone.

— Merda fodida! — Eu murmuro, discando o número de Lisa em seguida.

Eu sabia que somente ela poderia saber onde Emma se encontrava naquele momento.

— Alô. — Lisa atendeu ao primeiro toque.
— Lisa, aqui quem fala é Nicolas Schiller— Eu me identifiquei e ouvi o riso delicado do outro lado da linha.
— Olá, Nicolas. Em que posso ajudá-lo?
— Ahn, Lisa... você poderia me dizer se Emma está com você? — Perguntei e ela esperou um momento antes de responder.
— Ela viajou.
— O-que?
— Não é isso o que você quer saber?
— O que você quer dizer com... viajou?
— Olha, Nicolas. Vou ser muito honesta com você. Não sei o que tá pegando no seu relacionamento com Emma, ok? Quando a vaca magricela apareceu hoje no restaurante em que estávamos e mostrou um cheque seu, cheguei a me posicionar totalmente a seu favor, defendê-lo mesmo. Eu não podia acreditar que você tivesse feito algo premeditadamente secreto, às costas da minha amiga. Falei que devia haver um motivo, certo? — Lisa descarrilou o trem do outro lado. — Mas eu fiquei surpresa quando ela me ligou mais tarde, com a voz rouca e me dizendo que você de alguma forma mentiu para ela. Você  fez merda, amigo.

Mas que porra!

— Eu não menti caramba.
— Ela disse que mentiu.
— Se eu pudesse apenas encontrá-la, eu vou explicar tudo e consertar isso.
— Pois bem, eu realmente não sei onde ela está— Ela responde. — Mas ela me ligou do telefone de Mayara, sua irmã.
— Espere. O quê?
— Eu não sei muito sobre, a ligação foi muito rápida. Mas tenho certeza que sua irmã esteve com ela.
— Ok, Lisa. Obrigado.

Eu desliguei a ligação imediatamente, e disquei para minha irmã.

— Eu estava esperando sua ligação seu covarde do caralho— Ela atendeu no primeiro toque.
— Onde ela está?— Exijo, de pé e pegando minhas chaves.
— Não vou dizer.
—Desculpe-me?
— Eu não vou de nenhuma maneira te dizer onde Emma está. — Ela repetiu.
— Mayara, foda-se. Eu vou até sua casa.
— Ela não está aqui seu babaca.
— Estou perdendo minha paciência.
— Eu perdi a minha quando eu e Nicole fomos até a empresa e encontramos sua mulher em meio a uma baita crise de choro por sua culpa. — Mayara  bufava de ódio.

Porra. Porra.

— Por favor, onde ela está, Mayara? — O desespero martelava em meu peito. — Eu estou preocupado.
— Ela está segura, Nicolas, mas ela está mogoada, e ela só precisa de algum tempo
para pensar.
— Eu preciso vê-la.
— Eu vou te enviar uma mensagem amanhã, para que você saiba onde você pode encontrá-la. Mas, para esta noite, ela precisa ser deixada em paz.
— Isso tudo está muito mais dramático do que ele precisa ser.
— Para você— Diz ela. — Mas você pode tentar esclarecer as coisas amanhã.
—  Amanhã pode ser tarde.
— Será um risco que você precisa enfrentar, e estar preparado para qualquer decisão dela.
— Isso não é justo, eu preciso concertar as coisas o mais rápido possível.
— Justo é você mentir para ela.— Diz ela com ironia.— Eu te amo Nick, e você terá sempre a minha lealdade, mas ela precisa de uma noite para pensar, e você vai dar a ela.
— Será que ela me odeia?— Eu sussurro.
— Ela te ama demais para isso.

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