EMMA
Assim que sai do prédio, avistei Nicolas, escorado sobre a lateral de uma Land Rover Evoque. Ele estava absolutamente lindo com uma calça jeans escura e camisa branca com os dois primeiros botões abertos.
Alguém tão lindo como ele deveria vim com um bilhete escrito "Cuidado, pode causar danos a sua sanidade"
Ele sorriu assim que me viu, correndo os olhos pelo meu vestido, parando no meu decote por um segundo e subindo até os meus olhos em seguida.
― Você está ainda mais bonita, se é que isso é possível!- Disse caminhando até mim.
― Você também está muito bonito, Sr. Schiller!-Respondi e ele estendeu a mão para mim e eu a cobri com a minha.Caminhamos de mãos dadas até a Land Rover e seguimos em direção ao restaurante. Nicolas dirigiu até deixar a cidade para trás. Era uma ruazinha estreita, que serpenteava colina acima. Eu estava tranquila, relaxada no banco do carro ao lado dele, sentindo meu coração se aquietar como nunca havia feito na vida. Paramos e Nicolas desceu. Abriu minha porta e estendeu a mão. Havia um pequeno bistrô, com luzes de velas brilhando lá dentro.
Era de longe o lugar mais lindo e romântico que eu havia se quer pensado que existisse.
Entramos no lugar vazio e sentamos em uma mesa com vista para a cidade lá embaixo. A maître veio até nós e cumprimentou Nicolas. Logo engataram em uma conversa animada. Eu não sabia do que eles falavam, mas ela parecia querer agradar Nicolas a qualquer custo. Toda sorridente, tocando-o no ombro e me irritado ao extremo.
E foi assim que constatei que estava de tpm.
― Posso escolher o jantar por você?-Nicolas me perguntou.- Eu gostaria que você experimentasse algo que eu gosto.
— Sr. Schiller tem um ótimo gosto gastronômico, devo acrescentar. —A vaca disse ainda achando que Nicolas era dentista.
— Claro. Você pode escolher—Respondi sentindo as lágrimas brotarem no canto dos meus olhos.
Que droga! Odeio tpm.Nesse período, os meus sentimentos se afloram. Choro até em propaganda de margarina e me irrito facilmente com, digamos...tudo.
Maldita tpm!
Pouco tempo depois, o garçom abriu o vinho e deu a rolha a Nicolas. Ele encarou o pedaço de cortiça, cheirou, analisou e sinalizou para que o garçom servisse. Girou o líquido na taça, analisou, cheirou e deu um pequeno gole. Eu fiquei ali, vendo o ser elegante e cheio de classe como nunca imaginei que eu pudesse ser, até que o garçom foi autorizado a servi.
— Espero que goste—Nicolas disse e eu sorri, levando a taça aos lábios e experimentando o vinho.
― Ai que delícia!—Exclamei assim que senti o líquido gelado, forte, encorpado, com pequenas bolhas levemente cítricas derretendo em minha boca. —Oh meu Deus! Que delícia!Eu não sabia qual era o tipo de uva, mas eu queria comprar um carregamento delas e despejar em uma banheira para poder me afundar ali de tão bom que era.
— Acho que acertei —Nicolas sorriu, divertindo-se com a minha reação.
Alguns minutos depois, os garçons se aproximaram com os pratos. A entrada foram umas trouxinhas feitas com o salmão defumado mais suave e tenro que eu já havia provado e um caviar rosado igualmente delicioso e suave. Eu podia sentir a explosão de sabores em todas as minhas papilas gustativas. O prato principal era um peixe servido sobre alguns vegetais e um pequeno molho branco que eu não sabia do que era feito.
― Que foi? Vai ficar me olhando comer?—Eu perguntei a Nicolas que parecia se divertir com o meu pequeno orgasmo gastronômico.
Braços cruzados sobre o peito, olhar divertido e boca sem sorriso, encarando-me.
— Ok! Você marcou seu ponto.—Confessei — Além de lindo e muito, muito gostoso, e bom de cama, ainda sabe impressionar uma mulher fora dela.
― Eu nem comecei, princesa. Nem comecei.—Ele sorriu levando um sorriso meu junto.Naquela noite, quando chegamos ao apartamento de Nicolas, eu me sentia flutuar. Me sentia boba e apaixonada. Sentia como se meu coração voasse alto. Eu tinha medo, mas o medo não chegava nem perto de tudo que Nicolas me fazia sentir.
Ele despertava o impossível e o inacreditável dentro de mim.
— Quero que conheça meu quarto —Nicolas colou seu corpo no meu, me fazendo arfar.
— É mesmo? —Escorreguei minha mão por seu peito.
— Sim—Os dedos dele brincaram na beirada do meu decote, deslizando quentes em minha pele.Eu podia sentir algo se aquecer junto, abaixo do meu ventre.
— Você vem?
Uma de suas mãos puxou-me pela cintura, enquanto a outra se enfiava em meu cabelo, puxando-me para ele.
— É uma proposta muito indecente para o primeiro encontro, Sr. Schiller.—Respondi mexendo meus lábios contra os dele.— Mas eu não poderia dizer não para esses incríveis olhos azuis.
Nicolas sorriu e, me pegando no colo, subiu os degraus da escada. Entramos em uma dimensão de corredor, que é cheia de quadros, até que paramos na última porta.
— Achei que você não chegaria hoje, delícia—Ouço uma voz melodiosa quando entramos no quarto.
Empurro minha cabeça em direção a cama, de onde e veio a voz e senti uma vontade imensa de morrer. Ou melhor, de matar.
Que porra é essa?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Noivos por acaso
Roman d'amourEle é o CEO de uma das maiores empresas de Nova Iorque. Bonito, bilionário, incrivelmente sexy e um cafajeste de primeira espécie. Ele não aceita relacionamentos sérios em sua vida, apenas se permite envolvimentos momentâneos, aventuras de uma noite...