No fim da tarde Anahí, Alfonso e Emanuelle chegaram à delegacia.
- Manu você me espera aqui? É rapidinho!
Emanuelle assentiu e posicionou sua cadeira ao lado da fileira de cadeiras na sala de espera.
- É por aqui! - Alfonso guiou Anahí até a sala de Alec.
Ao baterem na porta, Alec pediu que entrassem.
- Olá Alfonso! - ele se levantou ao ver os dois. - Você deve ser a Anahí?
- Sim! - ela sorriu, assentindo.
- Prazer em conhece-la, Alfonso me falou bastante sobre você, realmente ela é muito bonita, parabéns.
- Obrigada! - Any sorriu sem graça.
- Sou um cara de sorte mesmo. - ele sorriu todo orgulhoso.
- Obrigado por ter vindo. - Alec sorriu.
- Eu quem agradeço por ter disponibilizado um horário pra gente.
- Alfonso se importa se eu conversar com sua noiva a sós? - Alec o encarou.
- Não, de forma alguma, eu vou esperar lá fora. Assim eu fico com a Emanuelle.
- Obrigada! - Any sorriu.
- De nada, meu amor. Até daqui a pouco. - a beijou e saiu.
Assim que os dois ficaram sozinhos com o escrivão, Alec apontou a cadeira de frente pra sua mesa.
- Sente-se, por favor. - Anahí obedeceu. - Quero que você me conte com calma, exatamente o que aconteceu naquela noite.
Anahí assentiu e respirou fundo antes de começar a falar. Começou contando que Emanuelle a acordou naquela noite insistindo em ir ao estábulo para ver os cavalos dormindo. Relatou que quando chegaram ao estábulo Anahí trazia um lampião, na hora de segurar a irmã no colo, o lampião caiu em cima de um monte de feno e o fogo se espalhou rápido demais.
- Mandei a Manu sair do estábulo, mas ela não me obedeceu, eu tentei tirar os cavalos, mas quando me dei conta o fogo tinha se alastrado e minha irmã estava caída no chão, antes que eu pudesse ajuda-la fui pisoteada pelo meu cavalo. - Anahí enxugou o rosto. - Quando acordei estava no hospital e fui informada que meu cavalo tinha morrido e minha irmã estava em coma.
- Entendo. - Alec assentiu, prestando atenção nela e em cada palavra. - Isso foi o que aconteceu na noite do acidente. Me expliquei o lance da parafina.
Anahí assentiu antes de começar a falar.
- Eu estava no Chile com meu namorado, ficamos na cabana de um casal que faz velas artesanais pra vender. Eles usam parafina pra fazer as velas e o cheiro delas naquele dia me soo familiar. Acreditei que era o mesmo cheiro de vela que estava sentindo, mas então minha irmã me contou que lembrou que no dia do acidente, ela sentiu um cheiro parecido com vela. Eu acho que ela sentiu o cheiro da parafina, que confundiu o odor com vela, assim como eu. Sei lá, eu posso estar fantasiando. - suspirou.
- E como foi que sua irmã se lembrou disso?
- Ela disse que acabou a força uma vez na fazenda e acenderam uma vela, o cheiro delas a fez lembrar que ela sentiu o mesmo cheiro no dia do acidente. Eu não sei se ela ta confundindo.
- Você se recorda de sentir o mesmo cheiro naquela noite?
- Eu acho que senti, mas não tenho certeza. Tenho medo de estar confundindo pra tentar encontrar outra explicação para aquele incêndio, algo que me mostre que a culpa não foi minha como acredito.
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Arrebatados ✔
FanfictionApós um trauma na adolescência a última coisa que Anahí quer é regressar para a fazenda de sua família. Agora aos 22 anos, contrariada e sem escolhas ela resolve atender a uma exigência de seu pai e sua madrinha e volta a pisar os pés em Vale do Oes...