Capítulo 78

2.9K 194 197
                                    


Na manhã seguinte Anahí acordou com seu celular tocando. Ao ver o número no visor, ela não lembrou quem era, apesar da sequência numérica lhe soar familiar.

- Alô?!

- Any, sou eu, o Gustavo.

- Gustavo! - ela sentou correndo, totalmente desperta.

- Acabei de chegar na fazenda do meu pai, você disse que queria falar comigo com urgência. O que houve?

- Onde posso te encontrar pra gente conversar?

- Quer tomar um café da manhã comigo na confeitaria da cidade? Em meia-hora, quarenta minutos?

- Perfeito, vou me arrumar e vou pra lá. Me encontre em meia-hora. - Any afastou as cobertas e desligou.

Correndo pro banheiro, ela escovou os dentes e pegou a primeira roupa que viu. Um short jeans com rasgos nas coxas, uma blusa xadrez rosa, as botas e o chapéu.

Desceu as escadas correndo, terminando de ajeitar a blusa dentro do short.

- Filha aonde você vai com essa pressa? - Marichello perguntou.

- Preciso resolver um problema, avisa que eu peguei o carro do Ucker.

- Any... - Marichello chamou, mas ela saiu batendo a porta sem responder. - O que ela vai fazer agora?



Rafael entrou na sala do delegado e ficou satisfeito quando o policial tirou suas algemas.

- Mandou me chamar?

- Seu advogado esteve aqui e trouxe o habeas corpus, você está livre. - Alec disse.

- Era o mínimo né? Que bom que meu advogado fez alguma coisa.

- Você não poderá viajar, até terminarmos a investigação.

- Está bem, mas agora que eu estou de saída, eu espero que você também faça o seu trabalho se um certo brutamonte, amigo seu, vir me ameaçar ou me dar uma surra, o que é bem a cara dele.

- Está querendo ser preso de novo por desacato a autoridade? - Alec o olhou fechando a cara.

- Não delegado, apenas quero que faça seu trabalho e prenda seu amigo.

- Já que estamos falando de igual pra igual, eu vou lhe dar um conselho. Não mexa com a noiva do meu amigo, assim ele não terá motivos nenhum para querer fazer alguma coisa com você.

- Eu não fiz nada com a Anahí e meu advogado vai provar.

- Assedio também é crime senhor Camarillo, basta uma denúncia dela e você volta pra onde acabou de sair.

Rafael o olhou de cara feia, mas como sabia que estava em desvantagem deu as costas e saiu da delegacia.

- Vou falar com meu advogado e provar para todos que sou inocente. Depois disso todos vão ter que me pedir desculpas, principalmente um certo cowboy arrogante. - desdenhou.



Anahí entrou na confeitaria e se aproximou de Gustavo ao vê-lo.

- Caramba você ta diferente!

- Estou alguns anos mais velho do que você se lembra, só isso. - sorriu. - Vamos sentar?

Anahí assentiu e quando sentaram ela ficou encarando-o. Só desviou a atenção dele quando a garçonete chegou para pegar o pedido dos dois. Gustavo pediu apenas um cappuccino e Any um suco e uma torta.

Arrebatados ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora