Capítulo 90

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Anahí acordou sentindo a cabeça latejar, sua vista embaçou quando ela abriu os olhos e ela precisou piscar várias vezes para conseguir enxergar onde estava. Seus braços doíam e quando tentou puxá-lo, ela se deu conta de que estavam amarrados a um pilar de madeira. Anahí olhou em volta e se deu conta de que estava em uma casa de madeira abandonada.

- Até que enfim você acordou, peço desculpas se te bati na cabeça com muita força quando chegamos. - Maite se aproximou.

- O que é isso que você está segurando? - Any perguntou vendo o galão que ela segurava.

Maite sorriu, abriu a tampa do galão e começou a despejar o líquido transparente. Any reconheceu o cheiro na mesma hora: parafina líquida.

- O que vai fazer? Onde está minha irmã e a Chloe?

- Você já vai... Ver elas! - Mai respondeu jogando o líquido nas paredes e aos pés de Anahí.

Quando Maite terminou se voltou para ela.

- Nossa isso aqui pesa, sabia? - sorriu e largou o galão no chão.

- O que você vai fazer? - Any a olhou com medo.

Maite chegou mais perto dela, parou na frente de Anahí e tirou uma caixa de fósforo

- Não faz isso Maite, por favor, to te implorando. - Any suplicou tentando se soltar.

- Você vai queimar Anahí! - Maite sorriu e acendeu o fósforo. - Vai queimar como devia ter queimado naquela noite, junto com seu precioso cavalo.

Maite levou o fósforo pra perto de Anahí admirando as chamas, num impulso Any assoprou, apagando a chama. Maite começou a rir e largou o fósforo no chão.

- Você acha que eu ia te queimar assim tão rápido? Acho que você merece ver alguém antes.

Anahí arregalou os olhos e com toda a força tentou se soltar quando Maite lhe deu as costas. Ela ouviu uma porta se abrir e passos arrastados.

Emanuelle e Chloe surgiram na sua frente, os tornozelos machucados devido as cordas, os punhos ainda amarrados e ambas amordaçadas. As duas choravam.

- Pelo amor de Deus, elas não têm culpa de nada. Deixa elas irem.

- Alguma de vocês quer dizer alguma coisa? - Maite encarou as duas e tirou as mordaças.

As duas não falaram nada, assustadas continuaram chorando.

- Acho que elas não querem se despedir de você.

- Olhem pra mim as duas. Vai ficar tudo bem! - Any as encarou e tentou passar confiança. - Vamos sair daqui e vai ficar tudo bem.

- Ta, chega de mentir pra elas, vamos pro quarto. - Maite as arrastou.

- Não! - Any gritou e tentou se soltar com tanta força que sentiu a corda rasgar seu pulso. - Maite!

Quando Maite voltou, ficou satisfeita em ver que Anahí estava chorando.

- Ah você não é tão durona assim.

- Por favor.... To te implorando, solta as duas.

- Ahn... Acho que não! - fingiu pensar.

- Você é uma louca desgraçada, elas são apenas duas crianças, seu problema é comigo merda, solta elas.

- Não Anahí, ninguém mandou aprontar comigo da outra vez. Podia ter acabado aquele dia, só entre nós duas, mas não, você tinha que escapar. - Maite gritou e chegou mais perto. - Aquelas duas são a garantia que de que você não vai fugir, se eu precisar matar elas pra matar você, tudo bem.

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