Aracuqüe, como era belo aquele lugar! Podia-se presenciar as suas montanhas que estavam além do horizonte. Estas montanhas se encontravam na região de Pamän, próximo de Alfegän.
Ao entrarem na floresta de Alterdän, continuaram a se deparar com as montanhas de Aracuqüe. Elas eram altas e extensas, cercadas por diversas rochas e árvores de oliveiras que davam o seu airoso cheiro amadeirado.
Havia também uma pequena estrada em volta da floresta. Era um caminho obscuro, cujo destino muitos ignoravam. O único que sabia era Beyën que estava orientando toda a sociedade. Ele estava completamente abatido.
– Estas estradas irão nos levar até ela! Por aqui! – disse o elfo, ofegante.
Eles cavalgavam lentamente por aquelas estradas. Ao chegarem na outra margem da floresta, se depararam com uma pequena casa de madeira escondida entre as árvores. Sua madeira era escurecida, a porta era amarelada e suas janelas eram feitas de vidro comum.
– Bem-vindos à casa da senhora de Aracuqüe! – disse Beyën.
– Esta senhora consegue se esconder muito bem! Por que tanto mistério? – perguntou Alamuc, acariciando sua barba amarronzada.
– Ela se esconde para que Cesarem não a encontre! São ordens de Ilumar! Vai querer reivindicar as suas ordens agora? – perguntou Beyën.
– Não! Apenas estava curioso!
– Sei muito bem de suas curiosidades. – resmungou Beyën.
– Será que ela não está? – perguntou Agäz, batendo diversas vezes na porta.
– Ela deve estar nos campos! Cuidando de alguns animais. – disse Beyën.
– Ora! Teremos que esperar ela regressar? Odeio esperar! – bufou Turän, sentando-se em um dos tocos de madeira.
– Não diga isso! Esperar é uma das virtudes mais preciosas que existe. É bom que enquanto nós esperamos, renovamos as nossas forças. – disse Agäz, sentando-se no gramado fresco da floresta.
Enquanto todos estavam conversando, Pedro ouviu uma voz doce e suave que vinha em outra direção. Ele caminhou lentamente em direção àquela voz. Havia uma mulher que estava cantarolando uma canção antiga. Ela estava em um campo repleto de tulipas. Pedro ouvia sua canção atentamente, e, ao mesmo tempo, tentava se aproximar para enxergar a famosa senhora de Aracuqüe. Sua canção era mais ou menos assim.
Doce Ilumar! Doce Ilumar!
És para mim a pupila de meus olhos.
Grande é o seu poder, e magnifico é o seu saber.
Derrubaste Cesarem, devido ao seu orgulho.
Mas agora nos protege, debaixo de suas asas!
Doce Ilumar! Doce Ilumar!
É maior que Cesarem, e vencedor da serpente.
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O Senhor das Águias e as Pedras da Perdição
FantasíaPedro se considerava um simples ferreiro de Caën, morador de uma pequena cidade pacata ao norte de Velÿ. Vivia confortavelmente em sua casa e raramente se aventurava para outras regiões, principalmente em se tratando de novas aventuras. Sua ira pelo...