Ao cavalgarem algumas léguas, podiam-se ouvir os cochichos dos anões. Eles falavam que queriam logo descansar. Todos estavam longe de Aracuqüe e sequer perceberam que estava anoitecendo.
– Que região seria esta? – perguntou Treno.
– Não faço a menor ideia! – disse Beyën.
Miriam olhou para o horizonte. Havia diversas montanhas. Todos olhavam para elas, reparando na quantidade de aves que sobrevoavam aquela região.
– As montanhas de Karëny! – exclamou Miriam.
– Por que há tantos corvos sobre a montanha, minha senhora?
– perguntou Treno.
– Essas montanhas abrigam diversas aves! Sua floresta é muito extensa.
– Teremos que entrar novamente em uma floresta? – perguntou Petrus, olhando para a montanha.
Miriam acenou com a cabeça.
– Sei que os elfos e os homens gostam de andar na floresta. Mas nós não estamos tão acostumados assim. Vivemos nas profundezas das cavernas, com o nosso ouro e a nossa prata. Algumas vezes escalamos montanhas mas evitamos as florestas. – resmungou o anão.
– Bom! Espero que esta missão o ajude a tomar gosto pelas matas. – disse Radnör, com um certo tom de ironia.
– Bem! Bem! – exclamou Beyën, com um tom de voz que parecia estar separando uma briga. – Entraremos novamente na floresta, mas não nesta noite. As matas são perigosas, e a esta hora, poderemos encontrar seres que não estão a nosso favor. Iremos acampar na entrada da floresta. Pelo menos lá conseguiremos enxergar as árvores com a ajuda do brilho do luar.
Ao se aproximarem da entrada da floresta, encontraram diversas árvores. Seus troncos eram gigantescos. Pareciam pequenas formigas comparadas às longas raízes ostentadas pelo chão.
– Bem-vindos à floresta das quatro rosas do oriente! – disse Miriam, com um ar sorridente.
– Inacreditável! – exclamou Pedro, olhando ao seu redor. – Nunca tinha visto estas árvores.
– Nem eu mesmo sabia delas! – afirmou Beyën.
– Essas árvores são raras mesmo. Devem medir uns cinquenta metros, senão me engano! – disse Miriam, se aconchegando próximo de uma delas.
– Bem, ficaremos aqui esta noite! Amanhã a conheceremos melhor. Preciso que alguém encontre um pouco de lenha para fazermos uma fogueira. – disse Beyën.
– Eu ficarei responsável pela caça! Estou morrendo de fome.
– disse Alamac, segurando fortemente o seu machado.
– Eu irei acompanha-lo na caça. – afirmou Eleönora.
– Muito bem! Radnör e Mirgän, por favor, encontrem lenha para nós! Assim ficaremos mais quentes até o amanhecer.
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O Senhor das Águias e as Pedras da Perdição
FantasíaPedro se considerava um simples ferreiro de Caën, morador de uma pequena cidade pacata ao norte de Velÿ. Vivia confortavelmente em sua casa e raramente se aventurava para outras regiões, principalmente em se tratando de novas aventuras. Sua ira pelo...