Capítulo 32: As montanhas de Annapurma

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Pedro cavalgava em seu cavalo. Eles estavam próximos das montanhas do Leste, onde a neve no inverno encharcava seus altos picos. Miriam olhava para elas, apreciando as três montanhas que estavam além do horizonte.

Ao se aproximarem, perceberam que elas estavam em forma de fileiras, unidas entre si. Havia uma que se destacava mais dentre as outras. Agäz teve a sensação de observar o seu topo se escondendo entre as nuvens do céu.

– Bem-vindo senhores, às regiões de Fatäin! – disse Thomas.

– Especialmente para as três grandes montanhas do Leste.

– Como são belas... – afirmou Agäz que não cansava de olhá-las. – ...principalmente aquela do meio.

– Annapurma! – disse Thomas. – É a montanha mais famosa desta região. Entenderam agora a charada? Grandes montanhas são vistas e apreciadas, mas apenas uma deve ser glorificada.

– E como entraremos nela? – perguntou Mirgän.

– Estamos próximos de sua entrada! – respondeu Thomas que olhava fixamente para o vazio.

Era preciso deixar os seus cavalos para continuar a viagem, embora Thomas conseguisse passar facilmente entre as estreitas estradas de Annapurma.

Eles amarraram as rédeas de seus cavalos em um pequeno toco de árvore que estava perdida entre o pasto e começaram a caminhar em direção à montanha. Ao chegar na entrada, perceberam que havia duas estátuas de pedra. Eram esculturas grandes que relembravam os antigos centauros. Entre elas, havia um caminho que os levaria para dentro da gruta.

Um forte grito soou e a montanha estremeceu. As rochas estavam prestes a cair de tamanho era o estrondo que saia do corredor escuro da caverna.

– Elöc despertou! – exclamou Thomas. – Elöc despertou!

– Quem é Elöc? – perguntou Treno.

– Um antigo demônio que mora dentro destas montanhas! – disse ele tremule. – Ele gosta de devorar qualquer tipo de centauro ou hipogrifo. Todos desta região o temem!

– Não tenha medo! – disse Miriam. – Iremos entrar na caverna discretamente. A criatura não irá perceber a nossa presença.

– Como passar despercebido diante dos olhos de um minotauro? – perguntou Thomas. – Já viu o tamanho daquela criatura? É maior do que um filhote de dragão.

– Conseguiremos passar por ele! – afirmou Miriam, toda cheia de esperanças. – Iremos lutar se for preciso, mas não podemos deixar a última pedra naquele lugar.

– Com certeza, minha senhora! – disse Thomas.

Elöc era temido por todos que moravam naquela região. Muitos viajantes desviavam o seu caminho só para não se encontrar com a tal criatura.

Ao entrarem na montanha, experimentaram o frio que saía do interior de suas rochas. A escuridão dominava aqueles corredores.

A cada passo que eles davam, surgia um barulho entre as pedras. Todos ficaram temerosos, pensando que poderia surgir alguém na escuridão.

Enquanto eles caminhavam, um foco de luz apareceu no interior da montanha. Ela estava bem no centro da caverna, iluminando boa parte dos pedregulhos que estavam a sua volta. Ao se aproximarem da luz, perceberam que haviam várias estatuas embutidas entre as rochas. Diversas colunas de pedras enfeitavam aquele lugar. Eram tão extensas que pareciam tocar o céu.

Agäz ficou apavorado ao se deparar com algumas das estátuas que estavam próximas a ele.

– Por Ilumar! Que criatura são essas?

O Senhor das Águias e as Pedras da PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora