Capítulo 9 : O Comando do Rei

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Arthur comandava o exército de Cesarem. Todas aquelas criaturas estavam atentas a cumprir as ordens de seu rei. Havia um imenso exército de zoörgs que estavam sedentos de sangue, todos gritavam ao mesmo tempo, exalando medo aos homens que moravam próximos daquelas redondezas. Arthur estava em uma das torres do castelo, juntamente com Wiliam e alguns de seus soldados.

– Meus caros amigos! A sociedade da prata está prestes a partir para capturar as pedras de nosso mestre! Todos eles se consideram dignos de tocar nelas, mas isso não pode acontecer! – gritou Arthur, ouvindo atentamente os gritos assustadores das diversas criaturas. – Por isso, decreto aqui, perante todos vocês, a morte de todos os aguianos. Dei a cada um desses vermes a oportunidade de se retratarem! Mas eles não me ouviram, preferiram lutar a se remediar. Tempos de guerra cairão sobre Aldiroön e saibam que não irei me descansar até ver a cabeça de todos os membros da sociedade da prata pregadas em estacas de ferro sobre os portões da cidadela. Seus corpos serão queimados como um ato de misericórdia.

Pôde-se ouvir um grande clamor. Todos estavam gritando fortemente por Cesarem e pelo seu poder magnânimo.

O céu estava fechado, nuvens carregadas cobriram aquele lugar, facilitando a vida dos vampiros e dos Trolls. Ambos são incompatíveis a luz solar. Não eram somente as criaturas de Cesarem que estavam marchando rumo à guerra. Havia soldados aliados, que estavam seguindo fielmente as ordens de seu rei.

Cesarem apareceu como uma fumaça negra próximo aos soldados do rei. Todos os vampiros que estavam naquelas redondezas, compareceram perante seu mestre. Jack estava na frente, conduzindo todas aquelas criaturas que se curvavam na presença de Cesarem.

– Escutem bem, todos vocês! Toda a sociedade neste momento está partindo para as montanhas de Zaräcuk. Não consegui descobrir o porquê, mas algo me diz que uma de minhas pedras está naquele lugar! Por isso, voem o mais rápido possível para aquelas montanhas e matem todos! Se eles forem para outra direção, eu os perderei de vista! Algumas aranhas que moram no bosque adormecido, já estão sabendo da invasão! Mas não confio muito nelas, são criaturas extremamente ignorantes e tolas. Poderão falhar na captura daqueles seres malditos! – disse Cesarem, completamente enfurecido. – Dou a vocês sangue élfico, sei que muitos gostam de saborear o doce gosto daquele sangue! Jack estará no comando. Obedecendo a ele estarão obedecendo a mim! Agora vão e me tragam a cabeça deles!

As tropas de Cesarem marchavam para as diferentes regiões. Seu exército invadia diversas cidades, matando a todos os que atreviam a entrar em seu caminho. Diversos homens lutavam para proteger suas famílias que eram atormentadas por aquelas criaturas. Houve momentos em que suas cabeças rolavam em direção ao fogo para serem queimadas. Os zoörgs não tinham piedade dos homens, gostavam de decapitá-los após os períodos de batalhas. Diversas crianças morreram naquela noite sombria. Os vampiros não perdiam tempo em sugar o sangue daqueles inocentes.

Cesarem continuava em Zatüron, juntamente com Arthur. Ele caminhava sobre os belos carpetes que enfeitavam o salão principal. Ao se aproximar do trono real (conhecido como o trono da justiça), Cesarem fixou um olhar demoníaco sobre o rei. Arthur ficou paralisado. Ele simplesmente ficou escutando as poucas palavras que o mago emitia.

– Vejo que você é leal ao seu mestre! Você prometeu e cumpriu aquilo que conversamos.

– Meus homens estão marchando conforme as suas ordens, milorde!

– Eu sei! – disse Cesarem com um tom agrosseirado. – Saiba de uma coisa, se você faltar com sua palavra, meu juramento será desfeito.

– Não, milorde!

– Você se daria muito bem como um vampiro, sabia disso?

– Milorde! Tenha piedade! Eu não quero ser um vampiro. – disse Arthur, ajoelhado.

– Então continue sendo leal a mim! Você não irá se arrepender! Realizarei todos os seus sonhos e todos os seus desejos se continuar a me servir. Todo o mundo de Aldiroön será seu!

– Será feita a sua vontade, milorde!

– Eu espero que sim! – disse Cesarem em um tom penetrante.

– Seu exército irá cumprir as minhas ordens conforme o combinado.

– Todos eles lhe obedecerão, Milorde! – disse Arthur, beijando a mão de Cesarem.

– Assim espero! Senão o pior irá acontecer ao seu reinado!

Depois dessa ameaça, Cesarem partiu rapidamente para o sul, escondendo-se por detrás das nuvens, em forma de uma fumaça negra.

O Senhor das Águias e as Pedras da PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora