Capítulo 1: A Era dos Homens

294 20 8
                                    


Ao passar dos séculos, as antigas histórias tornaram-se lendas, muitos elfos pararam de anunciá-las devido ao um medo exacerbado

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ao passar dos séculos, as antigas histórias tornaram-se lendas, muitos elfos pararam de anunciá-las devido ao um medo exacerbado. Aldiroön sofreu várias deformações. E um conflito de ideias tornou a convivência humana um tanto difícil. O atual rei, que governava a raça dos homens morava na região de Zatüron, era extremamente ganancioso. Nem parecia ser descendente do rei Joaquim, o primeiro rei de Aldiroön e seguidor fiel de Ilumar.

Arthur era magro, de pele branca e de cabelos ruivos, parecido com Joaquim Arynon na fisionomia, mas com um coração malévolo e rigoroso. Dono de um rosto ovalado, mantinha uma franja sem corte, para esconder a protuberância de sua testa. Seu maior desejo era a conquista de todo o reino, acabando definitivamente com os poucos seguidores de Ilumar, conhecidos como os Aguianos.

Havia uma outra região chamada Caën, próxima de Zatüron, onde morava um simples ferreiro chamado Pedro Smithy. Ele era famoso por construir as melhores espadas para a realeza e para seus generais. Um homem bondoso e humilde, com mais ou menos trinta anos de idade, com cabelos negros e de uma postura como a de um guerreiro, forte e robusto. Tinha olhos grandes e negros como o âmbar, a barba bem aparada e desenhando os lábios avermelhados e fartos. Homem de estatura mediana, pele branca, corpo definido pelo trabalho pesado, pesando cerca de 80 quilos.

Viúvo, morava com a filha Sara Smithy de dez anos de idade. Era uma menina extremamente alta para a sua idade, com longos cabelos negros, olhos castanhos, brilhantes e alegres, moldados num rosto fino de traços leves e uma pele branca. Vestia uma roupa delicada: um vestido marrom liso, com bordas esbranquiçadas, um sapato de pano envelhecido e uma pequena blusa alaranjada. Gostava de correr por todos os cantos de sua casa, sobretudo quando imaginava que sua boneca poderia voar de uma maneira misteriosa.

A casa, toda construída em madeira, possuía três andares. A parte térrea, era reservada para o seu local de trabalho. No primeiro andar, encontrava-se um salão de igual tamanho repartido em sala de estar e cozinha. Da varanda, era possível ver o pequeno quintal gramado, com folhagens que o cercava, dois balanços, em que Sara gostava de ser balançada pelo pai nos momentos de folga. No terceiro andar, encontravam-se os quartos, que eram divididos por um pequeno corredor.

Pedro chegou em casa exausto devido ao dia de trabalho puxado. Foi surpreendido pela filha com um beijo no rosto, a mesa posta para o jantar preparado por ela, pães frescos retirados há pouco do forno, e uma pequena tigela vermelha de molho de Crepän com gotas de limão élfico, dando aquele sabor angelical.

– Que belo jantar! – disse ele dando um largo sorriso.

– Eu sabia que o senhor iria gostar. – disse a menina, segurando um belíssimo pano de prato bordado pelos elfos.

– Pelo menos aqueles elfos nos deixaram algo de útil, um verdadeiro manjar dos deuses.

– Ainda carrega uma certa mágoa por eles?

O Senhor das Águias e as Pedras da PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora