Ao descerem o despenhadeiro, encontraram novas dificuldades. Havia momentos em que a terra estava totalmente volumosa e úmida devido a neblina que cobria os seus capins.
Ao chegarem próximo dos cavalos, Beyën novamente deu as contínuas ordens, conforme foram orientados na entrada do bosque. Cavalgaram lentamente fazendo o mínimo de barulho possível para não serem percebidos ou notados por qualquer criatura que estivesse naquela floresta. De repente, Claüer deu um forte espirro, assustando a todos que estavam a sua volta.
– Quieto! Não faça barulho. – disse Tebas.
– O que eu posso fazer? Sou alérgico a crina de centauros. – disse Claüer, limpando as narinas em um pano amarelado.
Ouviram-se, então, diversas pegadas vindo em sua direção. Não se sabia ao certo o que era, mas todos ficaram temerosos com aquele barulho infernal.
– Corram! Corram! – gritou Beyën, segurando fortemente as rédeas de seu cavalo.
Todos começaram a correr em uma mesma direção, querendo sair rapidamente daquela floresta. Enquanto estavam próximos à saída, depararam-se com uma enorme aranha que bloqueava o seu caminho.
Beyën logo tirou a espada de sua bainha para matá-la, mas havia outras delas que estavam sobre as árvores. Pedro estava completamente aterrorizado ao presenciar aquela cena, nunca passou em sua cabeça que existiriam aranhas daquele tamanho.
– Tomem cuidado para não inalarem a fumaça! Desçam de seus cavalos e lutem! – gritou Beyën perante os seus companheiros.
Com as ordens do rei élfico, todos tiraram suas espadas da bainha e começaram a atacar suas presas. Os anões não puderam descer dos cavalos, devido à fumaça branca que estava sobre chão.
Pedro estava temeroso com aquelas criaturas, a maioria das vezes houve mais fuga do que matança.
Ao perceber que Agäz havia sido capturado por uma aranha, Pedro se encheu de coragem e subiu rapidamente na árvore para salvar o seu amigo. Foi difícil chegar no topo, haviam muitas teias que atrapalhavam o seu percurso.
Pedro se deparou com a aranha que o tinha capturado. Engolindo o seu medo, ele arrancou sua espada e apunhalou sobre o peito daquele ser assustador. A aranha começou a cair daquela imensa árvore, levando consigo alguns galhos que se quebraram com a força de sua queda.
Agäz estava desacordado devido à picada da aranha. Pedro retirou aquelas teias que o envolviam e começou a dar leves tapas no rosto de Agäz, tentando acordá-lo daquele pesadelo.
– Estou aqui, meu amigo, nada há de acontecer com você! Eu prometo!
Pedro desceu lentamente aquelas árvores, segurando Agäz em suas costas.
Diversas aranhas foram mortas, todas elas estavam jogadas sobre aquele gramado verde. Já outras desapareceram entre a fumaça, destruindo tudo o que encontravam pela frente.
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O Senhor das Águias e as Pedras da Perdição
FantasiPedro se considerava um simples ferreiro de Caën, morador de uma pequena cidade pacata ao norte de Velÿ. Vivia confortavelmente em sua casa e raramente se aventurava para outras regiões, principalmente em se tratando de novas aventuras. Sua ira pelo...