Capítulo 18

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SAVANNAH's POV

- Meu Deus, David. - Levo a mão ao peito, para me acalmar. - Que susto, pensava que era aquele vampiro horrível que me persegue. - Começo-me a rir de mim própria, tenho que parar com esta paranoia.

Olho para o David e cesso o meu riso, ao ver que as suas expressões continuam tão, ou mais tensas, que no início.

- Onde é que pensas que vais? – Repete, o seu tom é calmo, porém feroz, lentamente parece que a máscara vai caindo e eu vou-me apercebendo, ele é um vampiro e está furioso, já eu sou apenas uma mera humana sozinha com quem pode matá-la numa questão de segundos. O medo começa a instalar-se pelo meu corpo.

- Eu...eu... - Aclaro a garganta, ele é o David, nunca mostrei parte fraca para com ele, não é agora que o irei fazer, isso é o que ele quer, não demonstrarei o meu medo. - Pensava que já não virias.

- Eu sou um homem de palavra. - Homem não é bem o que tu és.

- E como é suposto eu saber disso? Eu não sei nada de ti, aliás é mesmo para mudar isso que combinamos esta tua vinda aqui. - Ele levanta a sobrancelha.

- Eu vim aqui para te esclarecer dúvidas sobre vampiros.

- O que não impede de me esclareceres dúvidas sobre ti.

- O que te faz pensar que és importante o suficiente ao ponto de eu me querer abrir contigo? – Sou apanhada desprevenida com o que ele diz.

As suas palavras são como um balde de água fria, ele tem razão, lá por eu sentir uma ligação com ele, não quer dizer que o mesmo seja recíproco, fui uma idiota por pensar que o era.

- Nada, tens razão. - Dou um suspiro e viro costas, mas assim que levanto a cabeça está ele de novo à minha frente. Acho que não me vou conseguir habituar a isto tão cedo.

- Não me respondeste. - Automaticamente, aproxima-se de mim de uma forma intimidante e eu inconscientemente dou um passo para trás.

- Eu... - É só o David, Savannah, acalma-te. - O Mathew telefonou-me e ... eu só quero que ele me deixe em paz de uma vez por todas, por isso é que eu queria ter uma conversa definitiva com ele.

Os seus olhos começam a escurecer de uma forma sobrenatural, tal como quando ele tocou na minha pulseira, mas desta vez assusto-me, pois consigo ver que ele está a perder o controlo, a sua íris está a começar a ficar vermelha e o meu coração quase sai pela garganta.

- David...

Antes que eu possa dizer algo ele num segundo acaba com o espaço que nos separa e encosta-me à parede, colocando uma mão ao lado da minha cabeça e olhando-me com os seus olhos vermelhos escuros.

- Tu és completamente idiota! - Grita como um trovão fazendo-me encolher, só espero que os meus pais não oiçam. - Aquele cão tentou violar-te e tu burra vais ter com ele sozinha a uma hora destas?

Fecho os olhos com força, eu sei que não foi a minha melhor ideia, sei que fui burra e inconsequente, porque esta noite poderia acabar mal, mas não é preciso ele ofender-me nem me falar desta maneira, ainda por cima na minha própria casa.

- David, para...

- Paro porra nenhuma sua idiota!

- Estás-me a ofender.

- Pouco me importa! Tu és uma estúpida e irresponsável! Em quê que estavas a pensar? Oh, pois é, não estavas a pensar, como sempre! Ou se calhar até estavas, ele é assim tão bom que querias já atirar-te para cima dele? - Calo-o com um estalo, sei que me doeu mais a mim que a ele, mas eu não tolero que ninguém me fale assim, muito menos ele!

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