Capítulo 25

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SAVANNAH POV

Engulo em seco ao olhar para ele de novo aqui à minha frente, a minha perna começa a formigar de novo como pela manhã.

- É melhor recolheres as presas Hartel, não queres arranjar confusão pois não? – Olho para o David que se encontra já completamente alterado, aperto o seu braço numa tentativa de o acalmar, ele olha para mim e aos poucos começa a voltar ao normal.

- O que é que tu queres Rouge?

- Achei curioso ver-vos aqui hoje, será que o Thomas sabe sobre este vosso... disfarce? – O meu coração acelera, o Thomas, como será que ele reagirá a isto? - Será que algum vampiro daqui reagirá...

- Vieste apenas ameaçar-nos? Se é apenas isso temos mais que fazer. – Intervenho pela primeira vez na conversa. Jean olha-me divertido, com a sobrancelha levantada.

- Onde está aquela menina assustada da última vez que te vi?

- Ela não existe mais. – Respondo com confiança e vejo um sorriso orgulhoso no rosto do David, encorajando-me a continuar.

- Ah ... criança. – A sua mão vem em direção do meu queixo, mas o David para-o a meio. – Não penses que ele estará sempre aqui para te proteger. – Volta o seu olhar para o David. – O que quer que vocês queiram descobrir aqui não irão, o Klaus não está cá, felizmente para vocês, pois se tivesse, não garanto que esta linda menina estivesse ao teu lado neste momento.

- Ele não faria nada, o Patrick...

- O Patrick não é ninguém comparado ao Klaus. – Cospe, fazendo-me contorcer, o medo que tanto tempo retrair vem ao de cima. Consigo sentir o formigueiro na minha perna aumentar, tenho que me acalmar. – Apreciem a noite, eu irei.

Sinto um arrepio forte percorrer o meu corpo, sinal de que um vampiro está a aproximar-se de nós.

- Carlotta querida, dás-me a honra de uma dança?

- Claro meu amor, sempre às ordens. – Uma mulher, na casa dos trinta anos, aparece. A sua pele morena, contrasta com a maioria dos vampiros, o seu cabelo é liso e castanho chegando ao fundo das suas costas. Ela ostenta um vestido vermelho colado ao corpo, realçando as suas imensas curvas. – Olá David, é um prazer encontrar-te de novo.

Vejo-os afastar para meu alívio e viro-me para o David, quero saber quem ela é e se representa um perigo para mim, mas assusto-me quando vejo o seu olhar parado, completamente sem vida, na direção deles os dois. Parece que ele viu algum fantasma, está completamente sem reação.

- David? – Chamo-o, mas ele não me ouve, ou finge que não me ouve. – David fala comigo.

DAVID POV

- Não!

- És o monstro que tanto tentaste não ser.

- David fala comigo.

- Eu amo-te.

- Prova.

- David, estás-me a assustar o que se passa? – Olho para a Savannah que me encara preocupada, os seus braços circundam o meu corpo com cuidado, mas eu não consigo, eu não consigo...

- Por favor não faças isso.

- Eu não tenho escolha.

- E-Eu. – Gaguejo e afasto a Savannah. – Eu preciso de sair daqui.

- Eu vou contigo.

- Não! E-Eu... eu preciso de estar sozinho. – Ela arregala os olhos e oiço o seu coração acelerar.

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