Capítulo 20

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SAVANNAH's POV

Todos continuam com aquela cara de pânico, o que me está realmente a preocupar, eu tenho alguém ainda pior que Jean atrás de mim?

- Quem é o Klaus? - Pergunto impaciente, ninguém diz nada, parece que ninguém respira depois que ele foi embora.

- Ninguém importante. - O Thomas suspira e eu levanto a sobrancelha, a sério?

- Por favor, peço-vos para não insultarem a minha inteligência, é óbvio que esse tal de Klaus é alguém com quem me deva preocupar, se fosse algo sem importância vocês não estariam com essas caras, nem o Patrick, aparentemente o patriarca de oitocentos anos, teria deixado o Jean fugir mal ouviu o nome.

Como se tivesse acordado de um transe o Patrick finalmente olha para mim, sinto-me arrepiar com aquele olhar profundo, ele levanta uma sobrancelha e cruza os braços.

- Como é que tu sabes que eu tenho oitocentos anos? - Engulo em seco, falei demais. - Aliás, como é que tu descobriste que nós somos vampiros? - Ele dá um passo em frente, ainda com aquele olhar e eu encolho-me, Patrick consegue ser bem intimidante quando quer.

- Eu... - Antes que possa dizer algo ele levanta a mão.

- Aqui não, vamos para minha casa. Não tenho paciência para irmos numa velocidade normal, alguém que a leve ao colo. - O meu coração acelera, oh meu Deus, eu vou sentir como é andar numa velocidade paranormal, isso é tão entusiasmante.

- Eu levo-a. - Thomas e David falam ao mesmo tempo e eu reviro os olhos, não, aqui não.

- Eu levo-a. - O Christian afirma e eu agradeço a Deus, prefiro mil vezes ir com ele de que criar mais tensão entre aqueles dois.

- Ela não quer ir contigo. - O David cruza os braços.

- Eu vou, não é todos os dias que sou carregada por um vampiro lindo, que tem cara de actor de Hollywood. - Christian pisca-me o olho e pega-me ao colo, meu pai do céu, como os músculos dele são bem definidos, aliás tudo nele é bem definido, a sua feição é de fazer acelerar o coração de qualquer rapariga. As meninas ficam-se a rir da cara de amuados de Thomas e David, até o Patrick não esconde um sorriso de lado, antes de desaparecer dali.

- Fecha os olhos. - Christian sussurra ao meu ouvido. Faço o que ele me pediu e sinto um vento fresco percorrer o meu corpo, arrepiando-me de cima a baixo, o meu coração pulsa fortemente com adrenalina. Um minuto depois vejo que paramos, como é que é possível?

Agora, com tempo analiso melhor a casa. Há um pequeno jardim na entrada, as escadas são de mármore branco e a casa é totalmente diferente do que eu pensava. Estava à espera de algo abandonado, ou mesmo uma casa em tons escuros e com o estilo barroco, mas não poderia estar mais errada. As cores predominantes, tanto no interior, como no exterior da casa, são o branco e castanho, o seu estilo é bem moderno, tem em alguns lados paredes de vidro, o que permite uma bela vista para a floresta.

Na entrada tem umas estátuas antigas, e uma fonte linda, com nenúfares a flutuar sobre a água, quem visse esta casa pensaria que pertence a algum rico excêntrico que gosta de morar no meio da floresta.

Entramos dentro da sala e sentamo-nos todos no sofá, nunca me habituo ao tamanho gigantesca desta divisão, eu sento-me num sofá bege individual e eles vão-se sentando nos outros, todos fixos em mim, à espera de uma resposta.

- Savannah. - O Patrick pronuncia-se. - Eu realmente sinto algo em ti, sinto que és diferente, o que também me faz sentir por ti uma espécie de paternidade. - Assinto com um sorriso. - Por isso peço-te, conta-me a verdade, eu saberei se me mentires, além do Christian sentir eu também sinto se estás demasiado nervosa ou não e se não me contares a verdade, eu tenho meios de a conseguir.

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