Sons of darkness

Capítulo 4

SAVANNAH's POV

Acordo totalmente coberta de folhas, como se tivesse passado um Outono inteiro por mim, olho para todos os lados e tudo o que vejo são árvores. A lua vai bem alta no céu, lua cheia, algo em mim repudia aquela figura, a lua branca, uma floresta escura, esses cenários combinados nunca dão um bom resultado.

Levanto-me, com dores musculares por estar deitada no chão, e uma vaga de frio passa por mim, reparo que estou completamente nua, por instinto tento tapar-me da melhor maneira que consigo, mas ao passar as mãos pelo meu corpo contorço-me de dor. Olho para as mesmas e arregalo os olhos, sangue! Tenho um enorme corte que vai do meu peito até ao meu umbigo, mal o vejo começo a sentir um ardor insuportável e uma vontade de vomitar.

Tento correr, o melhor que consigo, mas a minha visão fica turva, cambaleio e acabo por cair quando tropeço em algo.

Olho para o obstáculo e reparo que é um homem, os olhos dele estão amarelos florescente, a sua pele totalmente suada, ele grita e contorce-se de dor, sinto o som dos seus ossos partirem, um arrepio percorre pela minha espinha, quero fugir daqui, mas a falta de sangue está a começar a fazer-me desfalecer.

- S-sai daqui. - Oiço o homem gemer, tento chegar até ele, perguntar se ele precisa de alguma coisa. - SAI DAQUI! - Uma voz mais grossa soa o que me faz rastejar para trás, acabado por dar com as costas num tronco de árvore, demoro uns segundos a perceber que a voz veio do mesmo homem que estava a gemer. As suas unhas começam a aumentar, tal como o meu batimento cardíaco. Começo a sentir que irei morrer, os olhos do homem fixam-se em mim, mas desta vez não como que a pedir que vá, ele olha-me como um leão olha para uma gazela, ele é o predador e eu a presa.

Quando penso que chegou o meu fim, sou tirada dali, sinto um vento forte passar pelo meu corpo desnudo e alguém pegar-me pelos braços. Quando paramos sou encostada contra uma árvore e a minha boca é tapada, uns olhos azuis familiares realçam-se na escuridão.

- Fica aqui, não faças barulho, eu prometo que volto, eu sempre voltarei. - Dito isto desaparece como um relâmpago e os meus ouvidos são invadidos por gritos, gritos que começam baixos, mas cada vez aumentam mais, levando-me à loucura ...

Num rápido movimento abro os olhos e dou um grito silêncioso, olho á minha volta e percebo que estou no meu quarto, ou seja, foi apenas um sonho. O meu corpo está totalmente suado, o meu cabelo colado à minha testa e o meu coração está a bater tão rápido que chega a ser desconfortável. Nunca tive um sonho tão realista como este, aquele homem ... aqueles olhos ... parecia um lobisomem, porque raio eu sonhei com ele? Não li nada sobre isso, não vi nada sobre isso, nada relacionado a mitos sobrenaturais. Apenas estive naquela floresta maldita ... aquela floresta.

Como é que eu estou no meu quarto? A última coisa que me lembro é dos mesmos olhos azuis do outro dia, penso que foi ele que tirou o outro psicopata de cima de mim. Mas o que raio se anda a passar? Foi aquela noite da semana passada, depois o Mathew aparece, agora isto, será que é o destino a tentar matar-me desesperadamente?

A minha cabeça lateja com força, olho para o relógio na minha cabeceira, são duas horas da manhã, tenho tempo antes de ir trabalhar. Deito-me mais uma vez, tentando apagar este sonho da minha mente, olho para a janela e reparo que está aberta, suspiro e levanto-me para a fechar. Quando o faço, quase que posso jurar que vejo um vulto do outro lado da estrada a olhar para mim, mas não confio na minha visão neste momento, estou muito cansada, imensa coisa aconteceu e além do mais está escuro, isto não deve passar da minha imaginação.

PATRICK's POV

Levo o meu copo de sangue aos lábios sentindo cada pedaço de energia que isso transmite ao meu corpo. Tento mexer nesta porcaria de computador, mas parece impossível. Consigo matar um vampiro em segundos, mas não aprendo a mexer num estúpido computador.