Capítulo 28

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SAVANNAH's POV

"À dois dias eu tento marcar algo contigo, à dois dias que não podes. Vais explicar-me o que está a acontecer?"

"Não é nada demais amor, simplesmente ando ... ocupado."

"Alguma coisa relacionada ao Jean Rouge?"

"Não necessariamente." Suspiro frustrada, será que a cada pergunta que farei levarei uma resposta vaga?

"Savannah!" Oiço ao longe um grito pelo meu nome, o que está a acontecer?

"Quem é que gritou o meu nome Thomas?"

"O teu nome? Ah, foi a Jade, ela está a gozar comigo por estar em chamada contigo ... sabes, coisas que irmãos fazem."

"Não parecia a voz da Jade."

"Mas era." Esta história está muito mal contada.

"Thomas, eu detesto mentiras, principalmente aquelas que vêm do meu namorado, se não confias em mim para contar então apenas diz e eu não insisto mais."

"Não é nada disso e eu confio em ti Save."

"Então está mesmo tudo bem?"

"Sim! Obrigada por perceberes amor, prometo que compenso-te, agora preciso de ir. Amo-te."

Antes que eu consiga sequer reagir a chamada cai. Deixo o meu corpo cair sobre a cama e passo as mãos pelo cabelo, eu sinto que ele não está a ser verdadeiro comigo. Eu sinto a sua falta, não nos vimos desde o dia em que ele disse que me amava pela primeira vez ... deixou-me em casa depois disso, foi tão fofa a maneira como ele explicou-me que eu não precisava de retribuir se ainda não me sentisse preparada.

A verdade é que não sinto.

Eu gosto dele, a sério que gosto, quando o vejo o meu coração acelera, quando o beijo sinto como se nada de mal pudesse atingir-me, mas falta algo ... não sei explicar o quê, é como se algo me impedisse de amá-lo. E com estas mentiras ele só atrasa o processo.

Chega, não vou ficar aqui em casa parada á espera que ele decida se quer contar-me a verdade ou não, vou ver o que se está a passar.

- Querida, vais trabalhar? – A minha mãe pergunta da cozinha.

- Não mãe, vou sair com o Thomas.

- Já estás com esse Thomas à tempo suficiente para nós o conhecermos. – O meu pai intervém e eu suspiro enquanto procuro as minhas chaves do carro.

Eu quero apresenta-los, mas tenho medo. Ele é um vampiro, se eles decoram a sua cara daqui a uns anos ele terá que ir embora, porque notarão que não envelhece e eu não quero que ele vá, não quero que nenhum dos Hartel vá, eles também são a minha família agora.

- Cada coisa a seu tempo, sim? – Dou um beijo na testa do meu pai e saio de casa.

O vento frio bate na minha cara arrepiando-me por completo, deveria ter trazido um casaco mais quente. Ligo o aquecimento do carro e dirijo a caminho da floresta.

Estaciono o carro distante da mansão, para eles não perceberem que eu estou aqui, assim tentarão enganar-me, detesto que me tomem como burra, eu quero que eles confiem em mim e contem-me o que raio se está a passar.

Tiro do bolso a chave da mansão, o Patrick deu-ma a umas semanas, disse que aquela casa também é minha e que posso ir lá sempre que quiser. Não preciso de mencionar o quão fiquei tocada com o seu gesto.

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