A bênção

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Havia uma agitação no ar, ela não estava a perceber o se passava.
As mulheres cantavam, outras dançavam, havia muita  alegria, era
contagiante, sentia-se tão bem que também começou a cantar e dançar.

Foi levada para o banho, ja não tomava banho há muito tempo e quando ouviu falar em banho ficou tão feliz que as mulheres puseram-se a rir, devia pensar que ela nunca tomará banho, já tinha passado tanto tempo que para ela era mesmo como se fosse o primeiro. O banho cheirava muito bem, com os óleos essenciais de jasmim e coco. Também tinham-lhe lavado o cabelo, que bem cheirava, flores e citrinos. Bom. Foi o que pensou.

Como é que ela iria encarar a bênção do casamento? Uma coisa era dizer que ela era mulher dele a outra era uma bênção, isto era sério não podia passar assim, como se não fosse nada. Ales divagava, tinha chegado a hora, estava preparado, depois de um bom banho que aproveitou bem, tirou toda a sujidade e trocou de roupa, alguém deu-lhe uma camisa branca e calcas pretas, a outra devia a cheirar muito mal, não admira que a rapariga não quisesse ser a mulher dele. Porquê que pensava sempre nela? Esta rapariga era sua refém tinha que entregá-la assim acabava com aquilo.
Estava linda!
Quando a viu parecia uma princesa.
Shafira estava com uma túnica azul da cor dos seus olhos, a burca tinha foi substituída estava toda suja e esburacada. Trazia a cabeça um  género de um turbante para mulheres com moedas em corrente de ouro que caiam como cascata sobre a testa, no tornozelo uma corrente igual a da cabeça chocalhavam sempre que andava. Se Ales não estava apaixonado tinha ficado, de boca aberta não acreditava na transformação.
Ele está lindo pensou ela, tao charmoso, a camisa mostrava o tronco musculado, o rosto ja não mostrava exaustão, fizera a barba, que homem!
No meio do acampamento uns bancos faziam o círculo, tinha uma fogueira acesa no meio do círculo, o ambiente era mágico. Um grupo de músicos ao canto tocavam musicas de amor,  tudo tão exótico e singelo.

Começou a andar de encontro para ele, como se estivesse hipnotizada, chegando ao pé ele estendeu-lhe a mão apertou-a, levantou os olhos e deu diretamente de caras com ele, o olhar que tinham era electrizante, transbordavam amor. Sem perceber ele beijou-lhe os dedos um por um, parecia que o seu centro fechava, ainda bem que ninguém estava a vê-los porque estas demonstrações de afeto não devia transparecer ao público. Estavam tão emocionados que so deram conta do ancião quando ele começou a falar:

- Sejam bem-vindos esta noite a bênção dos casais.
Shafira apertou-o o braço de Ales ficando perplxa: - Bênção de casais?
- Shiummm. Pediu ele para ela não gritar. - Eu não tive a ideia se pensas que é assim, foi o ancião que diz fazer   uma vez por ano no acampamento ou sempre que houver uma ocasião especial, para eles esta é uma ocasião especial e não podia dizer não, acho que so podemos agradecer, mas não te preocupes porque não é nada de importante. - O que podia eu fazer? Diz-me?
Ela ficou sem palavras, não sabia o que dizer, agora não podia fazer nada. Ales ia pagar e bem caro.

-Nesta noite de lua cheia, estrelas e o deserto, estamos aqui para abençoar estes 6 casais em especial os 2 estrangeiros que foram salvos. - Para que formem uma família, que o marido proteja o seu lar e a mulher que ame o seu marido. Dos filhos que resultarem que sejam homens e mulheres fortes e leais para dar seguimento a geração futura. Estão unidos para sempre como casal.
Shafira apertava cada vez mais a mão de Ales, os olhos estavam marejados de água, não conseguia falar tinha um aperto no coração, esta bênção era importante sentiu as palavras no coração. Ao lado Ales estava igualmente desamparado, nunca imaginou a bênção desta forma. Esta mulher era dele para sempre.

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