Havia túneis em demasia

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Foi difícil saber aonde se encontrava o bando de Kasim, mas era impossível esconder tanta gente sem que ninguém ficasse a saber mesmo sendo no deserto. E Kasim tentou esconder-se com a sua gente em um tipo de forte que fora construído há muitos anos, estava quase destruído mas ainda continha vários túneis que pareciam labirinto, era um bom esconderijo. Muito óbvio claro.
Fez sinal aos homens para segui-lo, eram quatro tinha feito um plano de entrar sem que ninguém os visse, um dos homens disse que quando miúdo brincava no forte, haviam seis túneis, que tinha conhecimento, podia haver mais, nunca tinha entrado mas já era uma boa ajuda. No recinto havia muita agitação, talvez uma festa sempre fora assim com Kasim, quando faziam  grandes assaltos comemoravam, desta vez não era diferente, tinha o saco com as jóias da princesa, se fosse apanhado tinha a intenção de trocar a vida de Dunia com as jóias. O plano parecia perfeito se Kasim fosse um homem normal. Entraram sem serem vistos, conforme o plano cada um seguiu para o túnel indicado rezava para que fosse o certo. 

Shafira estava em cima de uma espécie de cama, com correntes presas e esticadas aos seus pulsos, machucavam-na imenso, aquela posição era muito dolorosa, reviu o sorriso do malvado Kasim, quando lá foi posta.

- Agora veremos quem a vem salvar? - Se o pai preocupado com a filha, ou o homem que tornou-te mulher sem saber que és a princesa Shafira.
Disse ele com escárnio, e astúcia, piscando-lhe o olho pela descoberta que a deixou chocada. Ela estava amendrontada pelo pai e por Ales, tanto um como outro não sabiam que ela era o isco, estavam a caminho de uma armadilha muito perigosa. Kasim escolheu aquele local pela sua localização, conseguiam saber quem entrava sem que estes soubessem que eram vistos.
Rezava para que fosse o pai a salva-la, não Ales que não tinha recursos, ficou a saber na viagem que Ales era um estrangeiro que ali apareceu ninguém sabia de onde viera, sabia e com ciúmes que muitas mulheres o idolatravam até os homens o seguiam, com receio de Kasim muitos rejeitaram segui-lo, pelo medo de condenar as suas famílias. Ela viu o rosto dele, queria sentir outra vez o seus braços, de repente como se estivesse materializado da sua mente apareceu-lhe a frente. Fechou e abriu os olhos agitando a cabeça para a imagem desaparecer e não desapareceu porque lá estava ele.

- O que fazes aqui? Exclamou com alegria e o maior receio do mundo.

No sorriso sedutor e brincalhão respondeu com a maior espontaneidade.

-Venho buscar a minha mulher. - Ou ja te esqueceste que estamos ligados?

Nem bem terminou de falar quando entrou Kasim e vários homens cercando-lhes.

Ela gritou tarde de mais: - Ales cuidado!

-Com que então, veio buscar a sua mulher? Kasim sorria não podia correr, melhor estava a espera de um ou outro, mas o melhor era Ales, pois o Emir ele sabia que nunca o podia vencer, em número de homens era inferior, e pelas informações que tinha dos seus espias, Emir estava a caminho com um grande número de homens que ultrapassava o que Kasim tinha escondido no forte. O destino tinha sido generoso com ele, e mandou-lhe aquele que sempre esperou.

- Alessander Baldorrinni. Disse espantado o próprio.

- Sim sei quem és, desde sempre, que pisaste os pés no meu acampar mandei investigar-te, saber quem eras. - Ou pensas que sou um ignorante que so pensa em riqueza?- Claro que so penso nisto, mas estudo todos os que vou pôr ao pé dela. - Mas o que é mais engraçado da coincidência é que és parente de uma mulher que esteve no nosso bando quando o meu antepassado o formou, queres saber porquê do engraçado?- Eu digo ela trazia uma preciosidade que creio ser o objectivo que te trouxe aqui. O ceptro que andas a procura. Disse:- Tenho comigo.

Ales estava verdadeiramente espantado, nunca imaginou que aquele porco, cruel e vil pudesse descobrir tudo sobre o seu passado. Subestimou Kasim. Agora não conseguia ajudar Dunia, pôs ainda mais em perigo a vida desta mulher, a dele ja não importava, desiludiu os seus pais e família. Sabia que ele falara do ceptro porque não acreditava que Ales ia sair vivo dali.

Estudou o mecanismo da corrente por onde estava presa a Dunia, so teria uma oportunidade, e ia aproveitá-la. Enquanto Kasim falava foi se aproximando do lugar indicado e zás com a adaga que trazia escondida nas costas  bateu no lugar fazendo soltar Dunia que caiu desnorteada sem dar tempo para Kasim que paralisou durante uns segundos preciosos para eles, tivesse tempo de ripostar.

- Por aqui Dunia!: Gritou Ales excitado, mostrando o único sítio onde não era guardado pelos homens de Kasim, para aproveitarem a fuga. Pegou na mão dela, saltaram para o buraco que parecia uma fossa no meio do túnel, cairam aos trambolhões não se importaram tinham que sair dali. Ela caiu por cima dele e vice- versa, rebolavam durante muito tempo sem saber onde iam parar.

Kasim saiu do seu entorpecimento e começou a dar ordens bufando de raiva.

- Atrás deles!- Bandos de incompetentes. Atirou os seus homens para o mesmo lugar onde seguiu Ales e a princesa. Ficou para trás a espera por várias saídas que pensava irem dar aquele buraco de fossa. Nunca lhe passou pela cabeça que aquele estrangeiro fosse astuto a ponto de sair da armadilha montada, o peixe morre pela boca, subestimou o estrangeiro como ele próprio tinha dito ao estrangeiro em relação à ele.

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