Mudança

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Foi arrastada, pisada, maltratada e insultada por todos, homens, mulheres, velhos até crianças. Uma delas, a única, não se aproximava, devia ter por volta de 7 a 8 anos, matrapilha, com o dedo na boca em um canto,  olhava directamente para ela, os olhos muito abertos a expressão de piedade e terror, Shafira  aguentava a dor, mas o olhar da criança vergonhava-a, por ser quem era, estar a ser tratada assim.
Kasim instigava o povo, gritava com malvadez e provocação:

- És a nossa princesa:- Magestade! vergando-se em uma falsa vénia.
O povo sorria e imitavam-no.
Virou-se não queria saber, estava muito longe do bando de Kasim, as feições aristocrata apareceram-lhe a frente, sentiu o seu cheiro, o olhar sedutor e brincalhão, todas as sensações vieram-lhe a memória. Sentiu saudades, onde estaria? Em tao pouco tempo afeiçou-se a ele, estavam ligados, nao por ele ter sido o primeiro homem na sua vida, mas porque a ligação com ele foi muito antes, no primeiro olhar. Estes pensamentos foram interrompidos pela algazarra que se fez ouvir, alguém gritava não percebia o quê devido ao barulho, as pessoas começaram a correr desfazendo as escassas tendas que havia no acampamento foi tudo preparado em questão de minutos, como se estivessem a espera, devia ser algo importante pois tinham um olhar assustador. A pequena, passou-lhe pelos lábios um pano húmido com água achava ela, de um modo fugaz, que agradeceu com rapidez sem abrir a boca fazendo simplesmente um gesto de cabeça.

- Sai daqui! Um homem grande e bruto empurrou a criança que quase voou de tão esquelética que era, o pano que ela tinha na boca fora arrancado quase ferindo-a.

- A próxima vez que tentares ajudar esta mulher parto-te ao meio ouviste?: Perguntou o homem com um olhar que fazia tremer qualquer adulto imagina uma criança estava borrada de medo, fez que sim com a cabeça e saiu dali pior que a bala de uma pistola. Do mesmo jeito que trouxeram-lhe foi levada para onde não sabia, eles tinham tudo pronto para deixar o lugar habitado por um tempo.

Ali ja não havia nada. Tinham saído as pressas, Emir percebeu pelo estado em que estava o lugar. Mais uma vez perdeu a sua Shafira. Desceu do cavalo como um saco vazio sem forças para ficar em pé. Ajoelhou-se e firmou os punhos no chão, para onde tinha levado a sua filha?
A sua guarda viu o Emir naquele estado, o chefe aproximou-se dele lenvantou-o dizendo:
 
- Magestade, - Tudo faremos para encontrar a princesa Shafira. Era uma promessa Emir sabia que eles iriam cumprir. Aceitou o braço do homem, a esperança começou a renascer, tinha que ser forte.

Raptar uma Sheika por amor Onde histórias criam vida. Descubra agora