O anúncio

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Anunciamos o noivado de sua Magestade.

A princesa Shafira futura Sheika, e o Sheik Faris Fakhir. Têm a honra de convidar vossas excelência para noivado e posterior casamento.

Passava tudo tão depressa.

Fazendo o anúncio de casamento para o povo, o porta-voz do palácio real de Wafid, agradeceu os cumprimentos e ofertas para a princesa.

Shafira não conseguia imaginar como a vida dela deu uma volta de quase trezentos graus.
Quase dois meses e meio se tinham passado, e os preparativos para a festa de noivado e consecutivamente casamento prontos para se realizarem. Na expectativa não era as festas ou os vestidos que tinha em mente, sim o estado em que encontrava. Tocou na barriga quase inexistente, sossegou o burburinho que fazia todas as manhãs, a sensação de rebelião que tinha na barriga era horrível, acostumada quase, dirigiu-se para os lavabos onde despejava regulamente o jantar do dia anterior. Náuseas. Nesta manhã tinha a consulta com a doutora que sempre a tinha acompanhado. As mãos rugosas de Aiida a esperavam sempre apertando como uma força no meio do furacão.
O pai evitava-lhe com a desculpa de estar ocupado com os preparativos para o casamento, e na verdade era isto, mas também sentia o afastamento dia após dia desde de que soube da gravidez de dela.
Do noivo não sabia nada e nada importava, aceitou casar com ele, pela situação do país, o maior sacrifício era a vergonha que o pai iria passar por uma mulher grávida não estar casada. Não tinha conhecimento da festa, nem dos preparativos, marbir Aiida ainda tentou ilucida-la com tudo o que as  mulheres gostavam no casamento, vestidos, flores, cabelos, fragrância, e tudo o que abrangia o mesmo, ainda assim negava.

- Sabes aonde esta o meu coração marbir Aiida. Abraçou a velha senhora com o carinho, sempre fora uma avó para ela.

- por isso quero que a minha menina se levanta, anda menina, vamos ter um casamento, e a noiva não pode faltar. Desdenhava-lhe um sorriso.

Sairam as duas para a parte do palácio onde na altura em que a Sheika Raíssa morreu, o Sheik mandou construir uma clínica.
Nervosa não conseguia estar parada andava de um lado para o outro.

- Quieta, a doutora esta a chegar. Disse marbir Aiida.  A doutora foi chamada para ajudar no parto de uma funcionária do palácio, por ordens do Sheik, os funcionários e familiares podiam usar a clínica até dispos a médica de Shafira para ajudar sempre que alguém estivesse em perigo como era o caso.

Quieta!
Deixa-me dar-te prazer. Lembrou-se de Ales. Tudo lembrava-lhe ele. Consolou-se com o bebé, alisando a barriga.

Aiida reparou no gesto dela, o sofrimento estava a chegar ao fim, a menina dela ia ser mãe, pressentia dias melhores, o anúncio estava próximo.

- Vamos ver este bebé como está?
Ansiosa nem conseguia olhar para o monitor onde a doutora mostrava o filho. Queria tê-lo ali, queria festejar com ele a maravilha da vida, e não a tristeza da morte.

- Magestade, preciso fazer mais outro exame e chamar uma colega minha, concede-me a autorização?

Com receio que algo estivesse mal com o bebé, fez sim com a cabeça.

Aiida que quando viu o monitor sorria, levantou-se, para saber da urgência da doutora retirar-se sem terminar o exame.

Se o bebé estivesse com algum problema não iria aguentar, era um pouco de Ales e ela que carregava lá  dentro. Não podia perde-lo também.

- Desculpa Magestade, abandonei a sala porque precisava de uma segunda opinião.

O que se passa? Falaram em uníssono: Aiida e ela.

A doutora sorriu e disse:  - Magestade, tem que se preparar para mais três camas no palácio, porque vejo três coraçãozinhos a bater aqui, e muito fortes. - São gémeos melhor dizendo trigemeos, são três bebés. Delirou.

- Três? Tem a certeza. Incrédula fazia a mesma pergunta para a médica.

Enquanto marbir Aiida dançava e sorria de felicidade.

Os gritos eufóricos devia-se fazer ouvir, pela clínica, ainda bem que a família real tinha um ala só para eles, o segredo da gravidez ia ser anunciado depois do noivado, Sheik Faris, assumia a gravidez como sendo dele.
Felicidade não resumia o estado em que se encontrava Shafira, a apreensão era levar a gravidez até ao fim, como gravidez de risco por carregar três bebés, tinha que seguir tudo como a doutora receitara.

Correu aos gritos.
Acordou, acordou...

Raptar uma Sheika por amor Onde histórias criam vida. Descubra agora