Raptada pela segunda vez

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Procuraram durante 4 dias, até conseguiram encontra-los.
- Encontramo-los!!: Gritavam em uníssono os dois homens que andavam ja há uns dias pelo deserto a procura de Ales e Shafira.
- Estão na tribo Bishr: Falou um deles.
Que alegria<<pensou Kasim>> alusivo ao nome da tribo, (Bishr) significa alegria.

- Não temos tempo a perder: disse Kasim : - Vamos.

Iria até ao fim do mundo se fosse possível para encontrar Ales, queria mata-lo com as próprias mãos, mas isto seria mais tarde primeiro tinha outros planos.
Uma cabeça fria era capaz de desenvolver milhares de planos e todos eles darem certo ao mesmo tempo. O pai dizia-lhe sempre, agora percebia que o pai tinha razão.

O acampamento estava deserto sabia que no dia anterior tinha havido uma festa celebração de bênçãos de casais, também ficou a saber que dois estrangeiros foram abençoados nesta celebração como casais. Sorriu, não podia ter feito um plano melhor. Sorriu. Como Ales ia sofrer.

Conseguiram entrar sem serem vistos, pelos contactos a tenda dos estrangeiros era do lado norte, estavam a sul, muito distantes das tendas.

Olhava para ela. O seu respirar, o cabelo negro e espesso, o corpo bem feito com as curvas das nádegas e pescoço, inspirou o seu cheiro, sentiu uma pontada no membro, não se lembrava de ter sido tão feliz como agora. Ficava ali o tempo todo se pudesse, mas tinha as necessidades do corpo, do outro lado da tenda ficavam as casas de banho e foi para lá que se dirigiu.

Tapavam-lhe a boca, não podia ser o Ales, lembrou-se da noite passada, dos cheiros dos seus corpos, aquele não era ele, mordeu a mão do homem que a tapava, sentiu um torpor na cabeça que ficou atordoada.

- Sua cabra! Kasim respondeu a mordidela, com um estalo bem dado na mulher.
- Impura! Estava cheio de raiva, como é que aquela mulher tinha o descaramento de morde-lo a mão.
Esta tinha caído para o chão completamente despida, tentava agarrar o lencol e ele puxava, não se preparou para o que veio a seguir.

- Ales!: Shafira deu um grito tentando chamar o estrangeiro, saltou para cima dela afim de a controlar e
amordacoa com um pano, a seguir alguém apareceu com uma túnica azul, era a mesma que ela  tinha vestido para a bênção. Veio-lhe a memória a celebração, de como o Ales olhou para ela, o encontro dos seus olhos. Caia lágrimas, se fosse com Kasim tinha certeza que nunca mais veria Ales.

- Peguem nesta cabra e cubram- na. Kasim dava ordens para os homens.
Durante o tempo que entraram para a tenda o acampamento comecou a despertar, ja não podiam  ficar por ali tinham que sair. Alguns homens da tribo estavam a pegar em armas, iam começar uma guerra, claro que ele tinha vindo prevenindo, trazia cerca de duzentos homens, de qualquer maneira o que precisava ja tinha conseguido, tinha que deixar o estrangeiro para trás, até porque ele é que iria ter com eles.

Ales ouviu o grito de Shafira quando ia a sair das casas de banho, ia correr quando alguém o agarrou para se dirigir ao outro lado, era o ancião mais velho, o velho que tinha abençoado a relação deles.

- Meu filho, não vais, agora ja é um pouco tarde, havemos de arranjar uma solução e encontrar a sua mulher.

Ales debateu-se queria ter com Kasim, sabia que era ele quem Kasim queria, e também sabia que Kasim so tinha levado a rapariga como moeda de troca. Ele não podia consentir que ele fizesse mal para Dunia, se alguma coisa de mal acontecesse, tinha que matar o Kasim. Estava cego de raiva.  Percebeu que o velho tinha razão , eles eram poucos e o grupo de Kasim devia ter quase o dobro de número em homens. Deixou-a ir, o coração pequeno e apertado, destemido como era, agora sentia medo, medo por ele, por ela, pelos dois. Kasim tinha nas mãos o seu destino.

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