Confronto

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   - Por fim Encontramos-nos. Disse Ales.

Kasim não percebia porquê que o desconhecido dissera aquelas palavras. Ele estava com pressa não tinha paciência nem tempo para bater papo com desconhecidos que o queriam conhecer.

  - Olha, não é possível estarmos em  conversas, estou com um pouco de pressa, podes ajudar-me até estar livre? Podes acompanhar-me assim também livraste do perigo, e depois podermos falar.

Aquele desconhecido começou a sorrir até ficar vermelho, dando gargalhadas exasperante.

Parou! Ríspido disse:

  - Não tenho nenhuma vontade de ajudar-te. O que tenho para tratar contigo não é salvar-te muito pelo contrário. Sorriu outra vez.

Kasim começou a eriçar o pelo, analisou o desconhecido e algo  dizia-lhe que conhecia o homem, mas de onde?

  - Por esta altura estas a tentar lembrar de onde é que conheço este  homem, não é? Então Kasim esta assim tão difícil? Pensa. Tocou com o polegar na testa como se estivesse a ir buscar uma ideia, assim que piscou um dos olhos para ele, o cinzento brilhou, Kasim disse:

  - Meu sacana és tu? Tentou tirar da arma, não foi possível, antevendo o seu movimento Ales, dispararou para a mão de Kasim. A arma caiu disparada para longe do alcance dele, mesmo que a conseguisse apanhar não tinha forças para disparar.

  -  Aiiii...! A dor era tão forte como um prego grosso que rasga-nos a carne aos poucos. Deixou Kasim sem acção na mão direita.

    - Tenho a sensação que já descobriste quem sou eu. Regressei dos mortos. Quando decidi sair do meu país tinha um objectivo, tive que envolver-me com o teu bando de bandidos, marginais, cruéis e muito mais, pelo ceptro que vendo bem não vale um tostão do que encontrei aqui por tua causa, sabes que por ti descobri o amor? Sabes que por ti dei a minha vida e daria quantas vezes fossem possível pelo amor da mulher que amo com todo o meu coração, esta mesma mulher que querias matar para destruir e obter o poder que o pai dela detém.

Kasim ouvia aquele homem que descobriu ser Ales o bandido em quem nunca confiou, o seu sexto sentido dizia-lhe sempre que o homem não prestava, quantas vidas tinha o homem? Era difícil mata-lo. Angustiado pelas palavras e dor, so pensava como faze-lo sofrer. Saltou a  memória.

Aguentou a dor, contraiu o rosto que não era belo, estava marcado de rugas da vida selvagem que levava, o corpo magro e seco talvez pela família ou talvez a forma de viver, não se podia saber. Falou:

   - Desde sempre soube o que procuravas, claro que não sabia que era porque a rameira que trouxe o ceptro era tua antepassada, não me admira nada, corre-te o mesmo sangue nas veias.

Fulminou Kasim dizendo:

  - Kasim, Kasim, estas a passar dos limites, não te esqueças quem tem a arma na mão.

Desdenhável, assim foi o olhar de  Kasim para ele. Falou:

   - Com a arma pensas que consegues dominar um homem, ah? - Não sabes que o teu futuro sogro esconde um segredo, claro que não. O ecoar da gargalhada era irritante.

  - Pois tem, o querido Sheik Emir Wafid, roubou o ceptro que estave sempre em posse da minha família, sim, afirmou. - Estas a pensar como é possível, é possível, porque o ceptro estava na minha posse e ele mandou um dos seus homens roubar, conseguiram levar algo que pensava entregar-te quando soube que andavas a procura. Agora pergunto: Quem é o pior bandido, eu ou Sheik Emir?

Por uma fracção de segundos abalou o Ales, o que fazer? O que pensar? Visto assim Emir, era igual ao bandido Kasim.

Kasim percebia a o confronto que Ales travava em sua cabeça, tinha que aproveitar agora, a mente ja engendrava um plano, nesta brecha de fraqueza ele Ajoelhou-se para descansar, pôs a mão esquerda na bota onde se encontrava uma adaga, pede ajuda.

  - Não estou em condições de estar em pé, faço um único pedido.

  - O  que é Kasim?

 
  - Podes ajudar-me a levantar?  - Quero morrer com dignidade, juro que é o meu último pedido.

O tempo concedido a Kasim estava a terminar, não podia estar mais tempo com ele, estava a vê-lo como humano e Kasim não tinha nada de humidade no seu ser.

Mais perto, mais perto, pensava Kasim.

  -Nãooo! Um gritante não, surgiu da voz de Shafira, ela não devia estar ali, pensou Ales, que por pouco chegava para ajudar Kasim.

Ouviu-se um silvo endurecedor, ficou latente no ouvido de Ales. Kasim caiu sem vida.

Sheik Faris um exímio atirador, preparado para disparar, viu a cena a desenrolar abateu o bandido Kasim, não teve meias medidas e disparou.

 

Raptar uma Sheika por amor Onde histórias criam vida. Descubra agora