A origem do ceptro

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Emir feliz pelos acontecimentos passados seguirem o rumo desejado.

Sheik Faris, sendo cavalheiro, concedeu ao Emir e família a plena liberdade pelo compromisso ditado pelos dois Sheiks. Ele achava que a resolução do assunto fosse devido a conversa que Sheik Faris, teve com o Alessander (Ales). Foi a porta fechada, nada foi adiantado, simplesmente a retirada de Sheik Faris, foi pacífica. O que serviu para a aproximação de Ales e Shafira.

Eles conseguiram ultrapassar as dificuldades existentes na altura de Kasim, ainda bem para o bem dos bebés que estavam a caminho. Denotava uma situação muito diferente do pai dos netos em relação a ele. Algo entre eles não estava bem e precisava saber o quê?

Cansada, e com uma vontade enorme de dormir, pediu licença ao pai e levou Ales pela mão para se despedir.

- Não sei o que se passa contigo e o meu pai, quero este assunto resolvido e ja! Disse entre a advertência e brincadeira para não haver embaraços.

Com a mão no peito, Ales, fingiu que não compreendia o que se passava.

- Love, dorme descansada, porque o que tenho para tratar com o teu pai, não influência nada na nossa relação, continuo a querer casar contigo, o mais rápido possível. Deu-lhe aquele beijo que fazia as pernas dela ficarem como uma gelatina num dia de calor, mole.

- Não estou preocupada connosco é com vocês, tu e o meu pai que estou preocupada. Trata-o com carinho. Lançou-lhe um beijo com a mão e foi para o quarto.

Ficou a admirar aquela visão, era linda, balanceava as ancas de forma tão sensual, que sentiu a pressão nas calças pretas que trazia vestido acompanhava uma camisa azul. Pôs-se muito firme, dizendo para ele mesmo, agora não era a altura para ter uma tesão por Shafira, tinha primeiro de resolver a questão do ceptro com o pai dela.

Encontrou Emir, na sala de audiência que lhe foi indicado pelo seu assessor.

- Ales, o que se passa contigo filho?
Depois do salvamento de Ales, que quase deu a vida pela filha, Emir, ja não conseguia separar a afeição que começou a sentir por aquele rapaz que podia ser e agora era seu filho.

- Desculpa Magestade, mas não sou seu filho.

Embaraçado, Emir, levantou as sombracelhas de forma intrigante, pela maneira como Ales, disse-lhe que não era filho dele.

- Muito bem!
Como estavam ambos em pé, ofereceu a cadeira para Ales sentar-se e fez o mesmo, aquela conversa iria ser longa.

- O que se passa, o que lhe fiz, para ser tratado com afronta? Perguntou Emir.

Sem meias medidas, Ales respondeu:

- Magestade, sei que tem em seu poder o ceptro que pertence a minha família.

Emir não esperava por esta resposta, percebeu então que o seguimento da conversa iria mudar, para isto tinha que transportar Ales para o tempo do primeiro Sheik de Wafid, o chefe Wafid. Para isto tinham que seguir para o único lugar no palácio que Emir carregava a chave da porta ao pescoço. A pequena sala de relíquias completamente coberta com todo o tipo de preciosidade de deixar qualquer um de boca aberta, aconteceu com ele.

- Sei o que deves pensar de mim, tudo o que Kasim disse é mentira, e para provar a verdade, tenho que te mostrar a história da minha família.

Os meus antepassados foram os primeiros a transformar esta terra em que vivemos num emirado. O meu tetravô, um homem com uma visão muito além dos bárbaros que aqui passavam, começou a construir este palácio que estamos hoje, nesta altura, ainda não éramos uma família de Sheiks, sim de chefes.

A família Kasim, encontrou o chefe Wafid e toda a sua tribo aqui, sempre foram um bando de assaltantes, queriam todas as riquezas da tribo, mas a maior riqueza era a nossa curandeira, ja vais perceber o porquê. O rosto de Ales, mostrava descrença.

Emir, abriu uma porta que compunha um género de gavetas com quadros, no fundo um quadro com aspecto antigo, coberto com uma espécie de seda, foi retirado por Emir, que pôs a descoberto para que ele pudesse ver. Era incrível! O espanto na sua cara abriu o sorriso de Emir.

- Agora percebes? Perguntou.
Atónito, não falou por um tempo.
A gravura no quadro bem podia ser Shafira, com uns anos em cima. Olhava para alguém com um sorriso que ja tinha visto em Shafira, as parecenças eram inconfundíveis.

- Quem é? Incredulidade e susto na voz de Ales.

- É a minha tetravó.

O mais impressionante eram os olhos, tinham a mesma semelhança de Shafira. Azul violeta.

- Impressionante não é?

- Muito! Disse Ales, descrente do que via.

- A minha tetravó, era curandeira provinha de uma família de curandeiros que davam volta ao mundo para cuidar e tratar das pessoas, dizem o que seu pai, numa ida pelo mundo fora, conheceu a mulher por quem se apaixonou, sendo ela estrangeira tinha os olhos de uma cor diferente dos nossos povos, quando a primeira filha nasceu, tinha a cor diferente de todos, acrescentando isto ao poder da cura para ter a fama.

O meu tetravô proibiu a saida de qualquer membro da tribo na altura em que o velho Kasim fez o cerco na aldeia, a mulher por necessidade de salvar algumas crianças doentes, ausentou-se sem que alguém soubesse a procura de plantas medicinais, o que ela não contava é que o velho Kasim tinha uma astúcia arguta, esperava por uma oportunidade que se apresentou.

Com a beleza única, a mulher do chefe, deixou o velho Kasim, quase maluco, a ponto de elaborar um plano para ficar com a minha tetravó e a riqueza da tribo. Ai é que começa o mistério. No dia da troca que o velho Kasim pedia em troca da mulher todas as riquezas da tribo, a minha tetravó aparece morta até hoje ninguém consegue explicar o que aconteceu, por esta razão o chefe Wafid e o velho Kasim fizeram um acordo, para que a tribo Wafid não fosse dizimada, a primeira filha da família Wafid tinha que se casar com o primeiro filho do velho Kasim. Não aconteceu porque quando a curandeira morreu várias crianças morreram de doenças que a minha tetravó tentava curar e uma destas crianças era a filha do casal. Nas próximas gerações nasceram rapazes e com o passar dos anos foi esquecido completamente até Kasim reclamar o acordo.

Agora compreendia o que se tinha passado, o porquê do rapto de Shafira, aquela história não explicava como o Emir, estava na posse do ceptro. Emir, respondeu como se estivesse lido o pensamento de Ales.

  -  já lá vamos chegar. Disse Emir.
Os nossos guerreiros tentaram salvar a nossa curandeira, no lugar da minha tetravó encontraram um grupo de mulheres escondidas e maltratadas, uma delas depois de serem soltas ofereceu um tesouro escondido pelo velho Kasim, disse pertencer a sua família, como gratidão pediu ajuda para recuperar o tesouro, assim foi. No dia que ela foi para outra terra dizendo regressar para a sua família, no fim deu de presente para o chefe Wafid, sentia pena que o chefe perdera algumas vidas principalmente a mais valiosade todas a vida da sua mulher e filha. Ficamos com este ceptro até hoje. O chefe Wafid e tribo, sofreram muito podendo vender o ceptro para começar tudo outra vez, não o fez porque sabia que o ceptro não nos pertencia sim a família Baldorrinni, a tua família Ales. Isto é teu.
De onde guardava o ceptro retirou-o e deu ao Ales que estava estatístico com a história, chorava, abraçou o Emir, com emoção. A família Wafid merecia todo o seu respeito.

Raptar uma Sheika por amor Onde histórias criam vida. Descubra agora