Aflição

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A angústia de Cláudia e Marzio Baldorrinni era notável na aparência descaída, ela ainda mais, apertava as alças da mala como se fosse a tábua de salvação. Em pé muito direitos, olhavam para o tradutor que lhes fora dado pelos assistentes do Sheik Emir. Ao redor a opulência do lugar não deslumbrava o casal, outras necessidades tinham em mente, queriam ver e falar com a última pessoa que tinha visto o filho. Até agora ninguém foi capaz de informa-los onde estava o filho, tinham seguido para Londres, onde estava  localizado o consulado de Wafid, e ninguém os dizia nada do paradeiro do filho. Não sabiam qual o nome que  Ales entrou no país, o nome de Alessander não constava em lado nenhum, desesperados decidiram entrar no país onde esperaram mais de vinte dias para lhes ser concedido os vistos, e mais alguns dias para a audiência com a princesa Shafira que foi a última pessoa que viu o filho, como lhes foi informado. Cláudia, olhou para os pilares dourados e adornados com trabalhos feitos a mão de flores exóticas, a sala em si transmitia riqueza, se a situação fosse outra, teria adorado conhecer o palácio, que parecia ter uma beleza única, nunca imaginou que o lugar fosse de uma elegância que deixava várias casas de famílias ricas, em desvantagens.

Entra uma rapariga linda, com os longos cabelos pretos e de uma beleza que desafiava o mais casto dos homens e mulheres. Os olhos de uma cor nunca vista, deixando Marzio e Cláudia de boca aberta. A beleza não disfarçava a aparência frágil e triste que se apresentava. Ouviram dizer que a princesa estava doente não pensaram que fosse algo grave, agora que a tinham em frente a eles, havia ali alguma coisa que nao estava bem. Cláudia e Marzio apertaram mais os nó dos dedos pressentiam perigo.

  - Sua Magestade, a princesa Shafira. Uma mulher que devia ser a assistente da princesa, anunciou.

A troca de olhares dos pais de Ales não passou despercebido para shafira. A mãe de Ales era uma mulher linda, com os mesmos olhos do filho até a forma de olhar a fazia lembrar Ales, o ar brincalhão que nesta altura não fazia parte da senhora, mas que Shafira sabia que estava lá. As lágrimas estavam muito próximas respirou fundo e apresentou-se estendendo a mão, a senhora foi a primeira a segurar nela com as duas que a deixou constrangida, aquela mulher era pequena e muito amável, lembrava-lhe a mãe. O pai de Ales era a cópia exata de Ales sem os olhos cinzentos e claro com uns anos em cima, o mesmo charme. Pediam ajuda não precisavam de palavras as suas ações e olhares traduziam. 

- Magestade. O Senhor Marzio fez a pergunta que estava entalada na garganta deles. - Sabemos que vossa Magestade foi a última pessoa a ver o nosso filho, gostaríamos de saber em que circunstâncias?

  - Senhor Marzio, podemos deixar de formalidades, eu sou Shafira, e sim fui a última pessoa que viu o vosso filho.

Queria dizer vivo não podia e não queria.
O pai tinha pedido para não entrar em muitos detalhes com os pais de Ales, que tinha simplesmente dizer que Ales fugiu para o lago e não o viu mais. Ela não conseguia esconder a verdade para eles, via a angústia em que se encontravam os senhores, o aperto que sentiu foi a gota de água.
Ardia-lhe a garganta tentou aclarar e nada, deixou de lutar e desmoronou ali mesmo.

- Magestade a princesa Shafira pediu desculpas pela o se passou, não se  encontra em condições físicas para recebe-los agora. Por esta razão o porta voz da princesa vai explicar tudo para os senhores sobre o vosso filho. A assistente da princesa, falou com eles depois de chamar os guardas para levar a princesa que estava despedaçada sem parar de chorar, os pais de Ales ficaram aflitos.
Eles viram em Shafira o passado com o filho, perceberam tudo.

Ela não podia contar para eles o que se tinha passado, ainda não.

Foi informada que eles sabiam do destino do filho e foi-se a baixo.

Resiste!

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