Levantar

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  Vem cá. Chamou-a fazendo sinal com o dedo, estava sentado parecia feito de mármore, o corpo esculpido. Sentou-se em cima dele virada de costas  para ele, acariciava-lhe os seios sentindo os mamilos duros.
  Não aguento. Gemia
  Quieta! Deixa-me dar-te prazer. Murmurou com a voz rouca, que fazia querer subir ao céu.
  Assim devagar. Disse ele, com as mãos na cintura dela, movendo-a para cima e baixo.  Agora! Da-me com força amor! Fazia-os alcançar algo impossível de alcançar. O ritmo alucinante. Explodiu.
Ales!

Transpirava quando acordou, sentiu o seu cheiro, ele estava ali, procurou não o viu, desapareceu, ainda sentia-o na pele entranhado.
Quinze dias tinham passado cada dia era pior, esta manhã pensava mesmo que estivesse ali, foi um sonho, um sonho de memória, a realidade transpôs para o sonho o que tinha acontecido no passado, em uma tenda onde tudo aconteceu. Mágico. O  cérebro pregava-lhe partidas.

Sair para a casa de banho, o estômago embruhava sem quase nada dentro, reclamava, tudo o que tentava pôr era rejeitado, estava fraca, não queria saber, o mal estar era continuo.

- Magestade.- Tem que comer.  Uma das mulheres que estavam sempre a beira da cama para ajuda-la, ordens do Sheik e da ama Aiida, levantou-se  e passou os braços por baixo dela.

- Obrigada, eu consigo.   Tentou recusar a ajuda e não conseguiu, as pernas tremiam, os tremores e arrepios eram constantes. Precisava urgentemente de chegar a casa de banho.

- Minha filha. Disse: marbir Aiida.
Desde que ela regressou que marbir Aiida quase não saia ao pé dela, tudo passava primeiro por ela, o pouco de comida que conseguia comer era por exigência dela, estava-lhe muito grata, como uma mãe não descurava de sua cria. Marbir Aiida, dedicou a sua vida para a sua família, e tinha orgulho disso, já fazia parte da família, sendo a única que conseguia fazer Shafira ouvir.

Tens que te alimentar. Tens que ganhar forças para aguentar o que vem aí.
Não percebia o que ela estava a falar, só de ouvir comida ficava com ânsia.

- Marbir ajud...   Não conseguiu terminar. Ali mesmo o pouco que  tinha posto do jantar foi para o chão.
Aiida, deu ordens para limpar o chão, ajudou Shafira a regressar outra vez para a cama. O que se passava com ela? Não sabia, não era normal estes sintomas, devia estar muito doente. Pelo menos iria ter com Ales, o amor deles ia muito além da morte. <<Morte>> Ales não estava morto, ela sentia que a história deles não acabava assim. Não podia, pensou.

Aiida mandou sair todas as mulheres que estavam no quarto. Precisava falar com Shafira, uma conversa de mulheres.

  - Grávida! Exclamou sem acreditar no que ouvia, um sentimento de alegria e pesar por não compartilhar com ele. Grávida. Como é possível? Sabia que sim, a mãe uns anos antes, tinha-lhe explicado como faziam bebés, na altura aparecerá o período(menstruação). Mas não pensou que ficasse logo grávida, tinham praticado muito no pouco tempo que estiveram juntos, mas... corou, nunca lhe passará pela cabeça prevenir-se, e de certeza absoluta que o Ales também não. Quando os seus mundos se cruzaram, até a partida dele, sentiu um aperto no peito, a jornada deles foi sempre muito turbulenta.

Aquela foi a primeira notícia boa que teve desde que já não tinha o Ales por perto. Agora Alessander Baldorrinni. Passou as mãos pela barriga dizendo o nome dele para ver se marcava na sua criança. O pai contou-lhe tudo sobre Ales. Como estavam os pais dele? Sentou-se desolada, se estivesse mesmo grávida, sabia que sim, marbir Aiida nunca se enganou. Se aquele filho um dia lhe fosse tirado de certeza que morria, iria proteger aquele bebé se possível com a sua vida.

Emir entrou, marbir Aiida pediu para chama-lo, era urgente, o que seria? Shafira piorou, não quis pensar, o mensageiro nada dissera não sabia agitou os ombros de impotência, mas nada dizia que era mau.

-  Grávida! Quase que caiu estupefacto.

  - Como? Sabia como, mas não pensou que a filha e o estrangeiro fossem mais além. O que fazer?
Shafira nem olhava para ele, tinha vergonha,  mas via uma mudança no seu rosto, era altivez, atitude de orgulho e algo mais que não conseguiu decifrar.
Começou andar de um lado para o outro a arranjar a solução. A cabeça fervilhava, este homem apareceu nas vidas deles deixando tudo de pantanas, de pernas para o ar.

A médica de família examinou Shafira e confirmou a notícia.

  - Preciso de fazer alguns exames, para saber se esta tudo bem, parece-me que sim, quero a confirmação de que esta tudo bem. Ela abanou a cabeça autorizando os exames. 

   -Preciso que se alimente bem, e  repouso muito.  - Marbir Aiida é capaz de tomar conta dela? Sorriu.  Bonita, morena e pequena, parecia uma boneca. Mas era uma excelente profissional, com eles o staff era todo profissional, e confidencial, assinaram um termo de confidencialidade antes de começarem a trabalhar para o Emir.
  - Não se preocupe dra eu trato dela. Disse: Aiida, muito feliz.
- Dra Aliya? Chamou: Shafira.
  - Magestade?
  - Eu tomei alguns medicamentos quando regressei, pode interferir com o bebé? Era estranho falar do bebé como bebé, ainda não acreditava.
 
  - Não se preocupes Magestade, eu própria receitei os medicamentos e nenhum deles faz mal para o bebé.

- Obrigada dra.

- De nada Magestade, sempre as ordens.
Aiida acompanhou a dra para fora do quarto deixando Shafira e o pai sozinhos.

  - Shafira, so me resta uma solução, casamento.

Casamento! Shafira estagnou, quando ouviu o seu pai.




Raptar uma Sheika por amor Onde histórias criam vida. Descubra agora