Saída

1.4K 145 4
                                    

Areia, quando pararam de rebolar era tudo areia, estava farto, levantou-se ajudando-à. Tinham que sair dali e rápido, continuavam ainda no túnel, não sabiam qual, porque o buraco que parecia uma fossa na realidade eram vários buracos dentro de um.  O  que importava é que tinham saído das garras de Kasim, por enquanto estavam a salvos, correram um ao lado do outro, olhavam-se transmitindo palavras de agradecimento e mais, muito mais. De mãos dadas foram até aonde podiam, já não conseguiaram andar, ela com dores nas pernas, massagava as coxas, os pés pareciam dois blocos de cimento, pelo tempo que esteve presa, e a corrida na areia, Ales também não estava melhor, desistiram, em conjunto resolveram descansar. O cheiro a terra molhada,  afectou-lhes as narinas, como era possível. Ales, foi o primeiro a falar:

- Sentes Dunia?
Sem forças e admirada por ele ainda não saber que ela era a princesa Shafira. Despertou do tormento, recuperando um pouco de  forças, estava para contar, quando ouviu como Ales com a voz de espanto chamava-lhe.

  - Tens que ver isto!

No canto do túnel, um oásis, era belo  com palmeiras e uma pequena cascata de onde nascia um lago, deslumbrante paisagem no meio do nada, deixou-os atónitos. Talvez fosse uma miragem, impossível, pois não era a única a ver tal deslumbramento.

- Não acredito no que estou a ver, é lindo! O ar de espanto não era so de Shafira, Ales maravilhado sem conseguir exprimir por palavras o que via.

Escondido por dentro de um monte de areia, como dunas, encontrava-se o oásis. Para eles era milagroso.
De mansinho, muito devagar, não sabiam o que esperar. A saída se apresentava ali, duas opções tinham pela frente, ou o oásis, ou voltar e tentar ver um caminho melhor, bateram de frente com a mesma solução. Um sorriso se lhes adivinhou o lugar.

Estava fresca e sabia bem, ela entrou, queria refrescar-se, não sabia quanto tempo tinham para desfrutar do lugar, os pássaros chilreavam, no deserto quando os pássaros não batiam asas o lugar era bom, confiou.
Estava suja precisava de entrar na água. Ele abriu dois cocos, para saciarem a fome, melhor não havia.

Viu-a na água parecia uma deusa, chegou-se ao pé oferecendo o interior do coco, aquela boca, a forma como saboreava o fruto, estava à mata-lo. O momento mais excitante era o momento do perigo, com ela, todos eles eram excitantes. Ele amou-a, quando encontrou a sua alma na abertura dos seus olhos azuis violeta,  amou-a, quando amaram-se e amou-a  mais ainda se possível, quando à perdeu e voltou a recuperá-la, sabia que era para sempre.

Se era o lugar, ou do perigo que corriam, não sabia, queria dar-lhe tudo como nunca tinha dado para ninguém, tinha a percepção do momento e era agora. Sem palavras, começou a dançar, os seus corpos dançavam a dança do  amor. O seu peito arfou, encostou-se mais perto, provocou, tremeu da cabeça aos pés, se não estivesse na água podia cair,  por se sentir fraca de tanto desejo.
Nos braços dele sentiu-a tremer.
Praguejou na língua materna, ia morrer, mas era a melhor morte que um homem podia sonhar. Nada no mundo superava aquele momento. Deitados na beira do lago beijavam-se, saciavam-se com fervor. Os dedos avançaram para a flor tapada, ela inclinou a cabeça para atrás sentindo a água no cabelo, e no seu pescoço Ales afogou-se sugando-à. Tirou a roupa com um recorde de deixar Shafira que estava de roupa interior espantada.

-Abre-te para mim. Pediu Ales afastando-lhe as cuecas penetrando-a  com sofreguidão. <<Oh céus>> ele pensou estar a morrer, tinha saudades da flor molhada, apertadinha, ela abriu-se convidando-o em um convite mudo, entrou mais fundo e  fazia força para não se perder tão cedo, queria dá-la prazer, entrelaçaram as mãos por cima das cabeças, com as suas pétalas fechou-o levando-os para o céu sem sairem da terra. Como era possível, sentiu o seu espasmos e seguiu o mesmo caminho gritando como um animal.

Abriu os olhos e não conseguia mexer o corpo, tinha Ales por cima dela. Como a sua vida mudou em tão pouco tempo, dependia completamente daquele Ser. Era amor.
Deparou-se com ele a olhar para ela.

- Vês o que fazes comigo? Disse-lhe com um sorriso lânguido. Levou-lhe a mão para o centro da sua virilidade, erguida. Ela sorriu acanhada descendo e subindo atormentado-lhe.
Ales agarrou-à e pô-la em cima dele mexendo fez com ela o mesmo tormento. Amaram-se até caírem na exaustão.

- Que cena tão romântico. Kasim ja sabia que quando tinha um objectivo era até ao fim. Mas encontrá-los nus, era o melhor do dia. A cara de terror dos dois, pagava tudo o que tinha passado. Ecoou a gargalhada pelo paraíso.

Raptar uma Sheika por amor Onde histórias criam vida. Descubra agora