Outra vez

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Preso.
Sem oportunidade de falar com Dunia ou Shafira como se chamava, era-lhe indeferente, queria vê-la, dizer que sobreviveu. Imagens pouco nítidas vinham a memória. Um borbulhar, um sufoco, o aperto no peito, água, querer respirar e apagar. Por mais que tentasse não conseguia lembrar.

O mesmo empregado envergonhado. Entrou com os olhos postos no chão.

  - Magestades. Desta vez dirigiu-se aos dois Sheiks. - O chefe Bashir, da tribo Bishr, pede uma autorização para falar com vossas Magestades.

Sheik Emir, estava farto de conversas queria agir, quanto mais tempo esperassem, mais difícil seria a  encontrar Shafira. Tinha posto a circular uma recompensa. Quem tivesse noticias de um homem como Kasim, para avisar o palácio, e fazer passar um recado para o Kasim. Sabia que ele queria o ceptro, nada melhor que isto para o aliciar.

-Magestades.

  -Chefe Bashir. Responderam os dois.

   - Venho pedir pelo homem que acabei de saber estar preso. - Ales, é um dos melhores homens que conheço.  Os Sheiks, sabiam que o chefe Bashir não falava de qualquer pessoa, ele era um chefe justo e conhecido pelos emirados, por não se envolver em nenhum assunto que não fosse da sua tribo, dai o espanto dos Sheiks, quando viram o chefe Bashir aparecer para pedir a favor do estrangeiro.

  -  Como é do vosso conhecimento, abençoei o casal, que na altura não imaginava serem a princesa Shafira e o estrangeiro Ales. Sheik Faris, olhou para o Sheik Emir, em sinal de aviso.
Não sabia que a princesa tinha sido abencoada juntamente com o estrangeiro, o Sheik Emir não o tinha informado desta situação, o assunto agora era diferente.

Continuou: - A partir daí, imensas coisas aconteceram. O meu surgimento aqui é de acompanhar e falar a favor de Ales, porque o homem esta perdidamente apaixonado pela princesa Shafira Magestade.  Isto foi para o Sheik Emir. - Este homem, foi encontrado as portas da morte, por sorte de Ales, quando a princesa foi raptada por Kasim, por minha opção atribui três homens de confiança para ajudar o Ales a salvar a princesa Shafira. O nosso plano feito as pressas não foi um êxito, muito pelo contrário, quase tirou a vida de um homem. Relatos feitos pelos meus homens, Ales, dispersou para outro lado, eles continuaram conforme o plano, quando perceberam que  Kasim e o seu bando tinham vedado a princesa e Ales, esconderam-se e seguiram de perto o que se estava a passar. Viram o bandido Kasim, a apontar a arma para a princesa e o Ales a pôr-se em frente levando um tiro, em vez da princesa, a bala, atingiu-lhe ao peito, indo directamente para o lago. No grupo de homens que dispensei para o Ales, havia um deles que conhecia aquela fortaleza tinha brincado quando miúdo e conhecia mais ou menos algumas saidas daquele lago, foi com os outros para seguirem as várias saídas onde conseguiram encontrar o homem ja quase sem vida, a desfalecer e levaram-lhe para a nossa tribo, a ser atendido pelas nossas curandeiras que conseguiram tratar dele durante os três meses até à esta data.

Depois da narração de chefe Bashir, eles mostraram-se pensativos, Sheik Emir falou:  - Chefe Bashir, muito obrigado por nos ilucidar sobre o assunto, mas este homem raptou a minha filha pela primeira vez, começando a saga que vivemos agora.
- Não posso soltar o homem que cometeu um crime.

  - Sheik Emir, com o devido respeito, fiquei por saber que a princesa foi novamente raptada por Kasim, sendo Ales um homem que conhece bem o bandido Kasim, penso ser vantajoso  aproveitar esta situação para estarmos dois passos em frente de Kasim.

Analisando a situação sabiam que chefe Bashir tinha razão, não era em vão que ele era um grande o chefe da tribo. Emir tomou a decisão de chamar o estrangeiro Ales.

Rodeado por três grandes homens no sentido figurativo, sentiu que havia ali algo importante o único em que confiava era o chefe Bashir, o Sheik que estava ao pé do pai de Shafira, olhava para ele como se o quisesse matar, não percebia porquê, nunca estivera presente com o homem onde quer que fosse disto tinha a certeza. Mas também não gostava dele. Não sabia porquê?

  - Temos que ir direito ao assunto, porque o tempo urge. Disse Sheik Emir.  -  senhor Ales, precisamos da sua ajuda.

  - Magestade. Pode chamar-me de Ales como todos o fazem.

Chama-me senhor.
Senhor...
Foi o ponto de ebulição. Deu um grito grutural, entrou nela mais uma vez, apertadinha como estava deixava-o desesperado. Ai,ai...
Pedaços da noite que passou com Shafira turvavam-lhe a mente. Comprimiu-se todo, tinha que estar atento, precisavam da ajuda dele e tinha a certeza que ela estava envolvida.

-  Kasim raptou a minha filha. Emir estava em desespero, sentia-se na voz.

- O que ele não sabe é que ela esta em um estado de risco. Esta grávida.

Ales, quase entrou em choque. Segurou-se. Grávida? Quem é o pai? Sabia que ela estava comprometida, por esta razão estava ali, para o casamento não seguir em frente, mas não sabia que a relação já estava tão séria, por isso a razão de fazer um casamento as pressas. Não podia abandona-la, amava-a demais para fugir por ser trocado por outro homem, disse a única coisa que como homem íntegro, podia fazer:

- Estou aqui para ajudar, para o for  que precisam de mim.

Sheik Faris, admirou o homem,  ele não sabia de quem a princesa estava grávida e mesmo assim ofereceu-se para ajudar, era de louvar, muitos não teriam esta coragem, o homem devia amar muito esta mulher. Sheik percebeu que o estrangeiro era o pai do filho da princesa.

Ales, percebeu o porquê da fricção entre o outro Sheik e ele, o Sheik era o pretendente de Shafira e pior de tudo o pai da criança que ela carregava no ventre. Como seria o filho dela se fosse dele? Não podia pensar isto agora acabou, ela ja não o pertencia. Não ia aguentar.

- Chefe Bashir, tem um plano.
Chefe Bashir, começou a falar:

  - Ales assim como esta passa despercebido entre as pessoas, devendo manter a cabeça baixa por causa da cor dos olhos, que é raro nos nativos. Ninguém sabe que ele esta vivo a não ser nós que aqui estamos.  Deve continuar assim. Vai infiltrar-se outra vez no mesmo bando até encontrar o lugar a onde escondem a princesa, logo que tiver o local, deve comunicar connosco para entrarmos em acção. De acordo. Todos concordaram com o plano. Ales assentiu, havia um problema que ele iria contornar. 

Raptar uma Sheika por amor Onde histórias criam vida. Descubra agora