Mais um verão chegou ao fim, e como sempre as coisas voltavam a rotina, com Lizzie no colégio, Lucy tirava metade do dia de folga, e agora com a menina perto de completar onze anos, ela foi promovida de babá a acompanhante, que em resumo era a mesma coisa, só dava dignidade a jovens damas.
Depois de três anos de um intenso e tórrido relacionamento, Lucy começou a perceber mudanças em Doug, no começo elas foram realmente muito boas, mas nas últimas semanas ele estava estranho. Apesar de tê-lo visto cortando categoricamente as investidas de Betsy, que apesar de estar noiva de um homem da vila, não desistia de Doug. No começo foi engraçado, mas agora era irritante, e Lucy sabia o porque, estava apaixonada. O pior era que ele parecia estar se distanciando, e isso doía. O mais louco foi que na última vez em que fizeram sexo, foi diferente, não que sexo com Doug fosse algo muito comum, e por mais que tivesse passado três anos, ele parecia sempre descobrir uma nova forma de tocá-la, de levá-la ao limite, mas da última vez foi mais que isso, foi como se mais que unir seus corpos, ele tentasse fundir suas almas, foi profundo e intenso, então ele simplesmente se afastou. Lá se foram duas semanas inteiras sem ele sequer a provocar nas horas vagas.
- Mulher tola - repetia para si mesma - ele deve ter conhecido alguém novo. Achou que ele acabaria tirando esse casinho das sombras e te levasse ao altar? - zombou de si
Externar aquele sentimento, mesmo que apenas para si mesma, doeu muito mais. Durante três anos, tudo o que eles fizeram foi sair e aproveitar a companhia um do outro, sem cobranças ou perguntas, mas ela também o viu mudar, ser carinhoso e atencioso em situações que ele poderia simplesmente a ignorar. Como quando a avó de Lizzie morreu, e ele a confortou, e a ajudou com Lizzie. Como este mesmo homem agora ficava assim distante, e a dispensava outra vez em sua folga?
Ela se arrumou e foi no apartamento dele. Lucy sabia que esta atitude poderia lhe render um coração partido, pois ele poderia simplesmente estar com outra mulher, ou apenas dispensa-la sem cerimônias, mas preferia descobrir de uma vez a ficar roendo as unhas cada vez que ele se distanciasse assim.
Bateu a porta dele, sua mão tremia, não soube muito bem como chegou até ali, estava se expondo, e estava a um passo de deixar claro para ele que se importava mais do que demonstrava. Ela bateu uma segunda vez, suas mãos suavam e suas pernas estavam bambas. Então ele abriu a porta.
- Lucy? - ele a olhou de cima a baixo, como se procurasse algum ferimento ou algo emergencial que justificasse sua aparição repentina.
- Olá - disse simplesmente.
E então ela abriu o sobretudo revelando que usava apenas uma lingerie pra lá de sensual, preta.
O queixo de Doug caiu, e sua boca ficou seca, ele simplesmente não podia acreditar no que acontecia, no que seus olhos estavam vendo.
A doce e tímida Lucy, que era incapaz de usar a palavra merda, acompanhada da palavra puta numa frase, corrigindo, ela não usava nenhuma das duas palavras em situação alguma. Ou que sequer usaria um vestido que mostrasse pouco mais que seus joelhos, essa mesma Lucy estava na sua porta com o sobretudo aberto, usando uma lingerie muito sensual, que só de olhar o deixou louco.
Ele queria se distanciar, ele queria manter seus sentimentos sob controle, e era por isso que ele vinha evitando-a, mas aí ela simplesmente aparece assim no apartamento dele, para enlouquecê-lo certamente.
Todos os seus instintos diziam para ele manda-la embora, não era atoa que ele vinha fugindo dela, mas ela estava tentadoramente se colocando em uma bandeja de prata para ele. Doug não era santo, monge ou celibatário, e estava vivendo um inferno nos últimos dias ao não desfrutar dos momentos roubados que eles tinham, e se recusando a ir atrás de outras mulheres.Então sem palavras, sem preliminares, apenas com rudeza crua de seu desejo e sua paixão, ele puxou-a para dentro e a possuiu ainda no hall do seu apartamento. Depois levou ela pra cama, onde a torturou, até ela pedir e implorar para que ele a deixasse gozar. E o que o chocou, foi que ela usou exatamente esta palavra, gozar. Isso foi demais para sua resistência, ele a deixou gozar, e gozou junto com ela.
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Lembranças do meu coração [Contém Cenas Hot Em Alguns Capítulos]
Roman d'amourLizzie sempre sonhou com a liberdade, Charlie sempre a teve. Duas crianças, dois mundos. Verões repletos de aventuras, uma amizade sincera que nasce da pureza de corações infantis. O tempo passa.... A amizade se transforma em amor, um intenso e ine...