Eu & Você. 2° temporada A Escolha.

Ela beijou ele!

    - Ai minha cabeça.

- você está bem? Perguntou ele sorrindo.

Eu assenti sem acreditar que aquilo tinha acabo de acontecer.

- e você? Perguntei tentando me conter para não gargalhar.

- estou.

Com um movimento rápido fechei o meu sutiã e olhei pra ele mordendo os lábios pra não rir.

- a gente, foi longe demais. Eu disse.

- a gente nem chegou perto de ir longe!

Coloquei uma perna para frente, para poder ir pra a cadeira do motorista, mas ele segurou minha mão.

- por favor, não finja que isso não aconteceu. Olhei pra ele bem seria.

- nem se eu quisesse, eu conseguiria.

O sorriso dele se abriu, e eu não sabia se aquilo era bom demais ou ruim demais. Tentei ligar o carro e de primeira o carro pegou.

- o que? Dei um grito.

- devo agradecer a Deus por isso? Perguntou ele sorrindo.

- cala a boca. Falei tentando soar seria, mais falhei totalmente.

Começamos a voltar pro sitio. Tudo que eu vinha lutando contra, eu tinha acabado de alimentar. Eu não podia colocar uma tampa em cima desse amor, é reciproco. Sabe lá Deus o que teria acontecido se ele não tivesse machucado o pé. Respirei fundo, sabendo que o eu diria ali, poderia mudar tudo.

- eu queria tentar de novo. Soltei o ar que eu estava prendendo.

- o que você quer dizer? Ele perguntou eufórico.

- quero dizer que, você precisa ter calma. Nós vamos ter a nossa chance, só me dar um tempo?

- o tempo que você precisar.

Eu sorri sabendo que ele não poderia ver. Aquilo era o maior passo que eu já tinha dado, agora eu precisava ver como o Jonatas reagiria a traição, sei que aquilo poderia destruir nós dois. Mas eu não posso mais guardar esse sentimento dentro de mim. Chegamos no sitio, o Jonatas estava incrivelmente bem. E ele e o Patrick vinheram ajudar a o Lorenzo a sair do carro.

- eu te amo Mary. Disse o Lorenzo antes dos meninos chegarem, fiquei sem reação. Nunca esperava ouvir aquilo, não daquele jeito.

- você está bem? Perguntou o Jonatas levando ele para uma das cadeiras mais próximas.

- estou cara, foi uma contusão. Mais o médico disse que em 15 dias eu estou novo.

- que bom. Por que não podemos ficar sem o capital do time.

- eu fiquei preocupado, vocês deviam ter me chamado.

- Patrick, eu não ia atrapalhar você e a Lídia.

A Lídia chegou na mesma hora com uma almofada para o pé do Lorenzo.

- então como foi lá? Perguntou o Jonatas.

- tranquilo.

- o carro parou. Nós dois dissemos isso na mesma hora, e todos olharam pra gente.

- você fala? Ou eu falo? Perguntou ele.

- eu falo. Sorri com gratidão. Foi tudo tranquilo no caminho até o hospital. Depois que saímos do hospital menos de 8 quadras o carro parou de funcionar. Esperamos quase trinta minutos, e do nada voltou de novo.

- isso é incrível. Disse o Patrick com desdém.

Olhei pra ele fuzilando com os olhos.

- ah, isso é sério? Achei que estivessem brincando.

- não estou. Disse. -Mas preciso de um banho, e trocar de roupa.

- eu vou com você disse a Lídia.

O Jonatas veio na minha direção e quando ele ia me beijar, eu dei a bochecha pra ele. Era estranho, e ele poderia até perceber. Mais eu não ia beija-lo, logo depois de ter quase transado com o Lorenzo dentro do carro. Ele sorriu sem jeito e eu me afastei de todos, mas a Lídia com o seu radar ligado, não deixou nada escapar.

- o que rolou no carro?

- nada!

- serio? Não sou a Brigite, pode falar.

- eu sei que não é ela, e falar nisso, onde está ela?

- dormindo, ela tomou todas e beijou o Jonatas.

- o que? Quase gritei.

- ai meu Deus. Disse a Lídia se repreendendo.

Dei meia volta e dei um empurrão com muita força no Jonatas. O Jonatas sabia o que estava acontecendo, e o Patrick também.