Dizem que sou louca por não acreditar em felizes para sempre. Para mim, essa ideia nunca passou de um conto de fadas fabricado para iludir os incautos, e não me sinto nem um pouco culpada por não ceder a essa fantasia. A vida real é feita de desafio...
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Enquanto caminhamos pelo palácio, Leonidas me gira a cada passo, como se estivéssemos em uma dança improvisada.
— Você acha mesmo que é um novo poder? — Pergunto, com um sorriso malicioso.
— Mas é claro que acho. O que mais poderia ser? — Ele me segura com firmeza após a última volta e me dá um beijo rápido. — Sem contar que é um poder incrível.
— Talvez devêssemos testar esse meu novo poder mais uma vez, só para termos certeza, o que acha? — Sugiro, segurando seu queixo antes de beijá-lo de novo, dessa vez com mais intensidade.
— Você é esperta, minha rainha. — Leonidas sorri orgulhoso. — Em quem vamos testar primeiro?
Penso por um momento, mas já sei exatamente em quem tentar.
— Em um de seus guardas! — Respondo, sem hesitar.
Leonidas parece surpreso e um pouco desconfortável com a minha escolha, mas cede.
— Como desejar. — Ele concorda, relutante.
Corremos para nosso quarto, onde rapidamente me troco, ainda usando camisola e roupão. Leonidas espera pacientemente e, uma vez pronta, seguimos juntos para a área de treinamento, onde seus homens estão treinando. Quando chegamos, todos os olhos se voltam para mim, mas ignoramos as reações; estamos ansiosos demais para isso.
— Homens, em formação! — Leonidas ordena em alto e bom som, enquanto ainda caminhamos em direção a eles.
Os guardas rapidamente se alinham, atentos às palavras de seu rei e sua rainha.
— Minha mulher quer realizar um teste, e espero que vocês aceitem sem questionar. — Leonidas decreta, soltando minha mão e me deixando no controle.
— Antes de começarmos, quero deixar claro que não é minha intenção machucá-los! — Digo, com um tom irônico que mal disfarça minha verdadeira intenção.
Leonidas explode em gargalhadas, divertindo-se com minha ironia. Sabia que ele apreciaria a sátira. Enquanto ele se diverte, examino os guardas alinhados à minha frente, buscando o alvo perfeito. Meus olhos encontram o escolhido, e começo a contar em voz alta, caminhando na frente de cada homem, criando tensão a cada passo.
— Um, dois, três, quatro... — Vou contando com calma, sentindo a expectativa aumentar. — Cinco e seis!
Paro diante do homem à minha frente, Cirus, lendo o nome em seu crachá.
— Número seis... Que coincidência, não é, Cirus?
Ele engole em seco, visivelmente nervoso. Com um aceno de cabeça, faço um gesto para que ele me siga até o centro do campo de treinamento. Ele obedece, seus passos hesitantes e pesados.
— Sabe, Cirus, eu tenho uma memória excelente, muito boa mesmo. — Minha voz é calma, mas há um fio de aço nela. — Então, decidi ser boazinha com você. Sabe por quê?