Dizem que sou louca por não acreditar em felizes para sempre. Para mim, essa ideia nunca passou de um conto de fadas fabricado para iludir os incautos, e não me sinto nem um pouco culpada por não ceder a essa fantasia. A vida real é feita de desafio...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Ei, esperem! — Gritou Ivy.
— Ai, garota, para de gritar — Pedi. Minha cabeça estava explodindo. Tínhamos acabado de sair da taberna que Pétrus nos indicou. Quase fui devorada por um idiota e bebi como se fosse o último dia da minha vida.
— Olha, a garota dos cabelos rosa. — Disse Klaus, sorrindo. Ela também sorriu e deu de ombros.
— O que está fazendo aqui? — Perguntou Vlad, com um sorriso sedutor.
— É, o que está fazendo aqui? — Perguntou Áries, cruzando os braços com um ar desafiador.
— Hm, Eu só queria me desculpar. Eles geralmente não são assim. — Apontou para o lugar atrás dela.
Todos ficamos em silêncio.
— Acho que ficaram animados demais com a presença da princesa — Concluiu, tentando justificar o comportamento de seus clientes.
Ela me apontou como se eu fosse uma criatura curiosa que sempre causa alvoroço por onde passa. Bem, é exatamente isso que acontece quando eu apareço. Afinal, mal cheguei e já quebrei os braços de um ogro com o dobro do meu tamanho.
— Acho que eles poderiam conter mais a "animação" deles, você não acha? — Respondi ríspida, fazendo aspas no ar.
Voltei a caminhar, tentando ir embora, mas todos ficaram parados, curiosos para ouvir o que a garota de cabelo rosa tinha a dizer.
— Olha, eu sei que vocês estão de viagem, então...
— Como você sabe? — Questionou Áries rapidamente, desconfiada.
— Qual é, gente! — Exclamou Pétrus.
Cruzei os braços e a encarei com firmeza.
— Eu sei que a senhorita ali. — Apontou para mim. — Está completamente bêbada. Dá para perceber pelo jeito que ela anda, está trocando os pés. E não precisa ser muito inteligente para perceber que vocês precisam de um lugar para passar a noite.
— Blá, blá, blá! — Retruquei, um pouco impaciente.
Céus, como eu fico completamente idiota quando bebo.
— Você tem um lugar para nós? — Perguntou Erik, interessado.
— Tenho! Eu sou dona desta...
— Eu não entro mais aí! — Interrompi, apontando para a taberna.
— Eu sou dona desta taberna e também de uma pousada. — Continuou, me ignorando. — Na verdade, eu e meu irmão somos os proprietários.
— E por que você quer nos ajudar, hein? — Perguntei, desconfiada.
— Porque você é uma princesa. Tenho certeza de que, se eu te ajudar, você saberá me retribuir generosamente. — Ela ergueu as sobrancelhas, um tanto quanto petulante, e me lançou um sorrisinho.
— Sky, isso pode ser uma boa ideia. — Cochichou Erik, se aproximando de mim. — Você não está muito bem. Isso será de grande ajuda.
Erik acabou de socar um cara quase até a morte por minha causa. Foi incrível; ele praticamente ignorou a lei e não seguiu suas regras idiotas. Mas agora, ele já está me enchendo de novo.
— Pétrus! — Me virei para ele, deixando Erik de lado. — O que você acha?
Por que diabos estou pedindo a opinião desse otário?
— Bom, eu acho que a gente pode ficar. — Respondeu ele, com um sorriso despreocupado.
— Ótimo! Então vamos! — Ergui os braços em rendição, exasperada.
— Adorei você ter pedido minha opinião. — Sussurrou ele no meu ouvido, com um tom provocador.
— Cale a boca, Pétrus! — Retruquei, irritada. — E aí, rosinha, vai levar a gente ou não?
— Claro! — Ela deu um sorriso amarelo, claramente desconfortável. — Venham, sigam-me!
