Capítulo 23

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Empurro Leonidas com força, usando toda a minha energia para afastá-lo de mim

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Empurro Leonidas com força, usando toda a minha energia para afastá-lo de mim. Sem perder tempo, viro-me e corro em direção ao lugar mais próximo, que sei ser a cozinha, um espaço onde apenas os criados têm autorização para entrar. Meus passos são rápidos e decididos, ecoando pelos corredores enquanto sinto a adrenalina pulsar em minhas veias. Ao chegar na cozinha, arrombo a porta, fazendo-a bater contra a parede com um estrondo. Os criados, ocupados com suas tarefas, levantam a cabeça em completo choque, seus olhos arregalados me observam. Ignoro completamente suas reações, minha mente focada apenas na ameaça iminente.

Lógico que Leonidas não ficaria para trás. Ouço seus passos pesados se aproximando rapidamente. Olho ao redor freneticamente, buscando algo para me defender. Sobre a mesa, avisto um grande garfo, robusto e afiado. Sem hesitar, agarro-o com firmeza, sentindo o peso do metal em minha mão. Com o garfo em punho, me posiciono estrategicamente em frente à porta, meus músculos tensos e prontos para a ação. Respiro fundo, tentando controlar o ritmo acelerado do meu coração. Meus olhos fixam-se na entrada, esperando o momento em que Leonidas aparecerá. Quando ele finalmente entra, sua figura enche a porta. Sem perder um segundo, aponto o garfo na direção dele, meus olhos cheios de determinação. Estou pronta para lutar, para me defender a qualquer custo.

— Não seja infantil, Alinna! — Leonidas esbraveja, com um tom de despreocupação, como se estivesse lidando com uma criança teimosa, ao entrar na cozinha.

— Não se aproxime ou eu te mato. — Digo, minha voz firme enquanto seguro o garfo com as duas mãos, apontando diretamente para ele.

— Você vai me matar com isso? — Ele debocha, seus olhos analisando o garfo com desdém.

— Estou avisando. — Repito, a raiva queimando em meu olhar.

Meu olhar o esfaqueia, refletindo a dor e a raiva que sinto. As lágrimas de luto pelo meu pai ainda caem pelo meu rosto, traçando caminhos salgados em minha pele. Começo a suar por causa do calor das panelas no fogo, e noto que a cozinha está estranhamente vazia. Os criados devem ter recebido alguma ordem silenciosa de Leonidas, como se já estivessem habituados a essas situações. Não me surpreenderia se estivessem agora em alguma das janelas, curiosos para ver o que está acontecendo. Leonidas avança com agilidade surpreendente, pulando sobre a grande mesa no centro da cozinha, usada para cortar os alimentos. Ele desliza por ela, seus olhos fixos em mim com uma intensidade predatória. Percebendo seu movimento, ajoelho-me rapidamente e engatinho para o outro lado da cozinha, passando por debaixo da mesa. Meu coração bate descontroladamente, mas meus instintos de sobrevivência me mantêm focada. Levantando-me do outro lado, vejo que ficamos novamente em lados opostos. O garfo ainda está firme em minhas mãos, minha determinação inabalável. A cozinha, com suas paredes de pedra e prateleiras cheias de utensílios, se torna um campo de batalha improvisado. Sinto o calor do fogo, o cheiro dos ingredientes cozinhando, e o peso da tensão no ar. A qualquer momento, sei que Leonidas fará seu próximo movimento, e preciso estar pronta para responder.

After NightFall  Vol.2Onde histórias criam vida. Descubra agora