— Extremamente louca! Você é extremamente louca, Alinna! — Koan continua atrás de mim, enchendo minha cabeça com suas críticas.
— Koan, será que você pode parar? — Respondo, cansada.
— Por acaso você está querendo se prejudicar? — Ele insiste.
— Koan, já te disse que sei o que estou fazendo! — Repito, frustrada.
— Não! Você não sabe. Casar com Leonidas é uma loucura; você está se metendo em algo do qual não vai conseguir sair. — Ele afirma com convicção.
— Você teve alguma visão sobre isso? — Paro no corredor e o encaro, exigindo uma resposta.
— Não vi, mas...
— Leonidas é a pedra, não é? — Interrompo-o, pressionando.
— O quê? — Ele faz uma expressão de dúvida.
— Na sua visão, você falou sobre uma destruição iminente se eu escolhesse errado. Erik é o espinho, e Leonidas é a pedra, certo? — Pergunto novamente.
— Erik é o quê? Quem é Erik? — Koan parece confuso.
— Não importa, o espinho está morto. Agora, resta-me lidar com a pedra. E, sério, Koan, eu sei exatamente o que estou fazendo. — Digo pela última vez, virando-me e deixando-o para trás.
Decido ir para o jardim, onde Meredith está brincando com Celeste, cercada por um grupo de guardas. A presença constante dos guardas pode parecer um exagero, e talvez não seja o melhor para ela, mas espero que minha presença possa trazer algum alívio à situação. Ao passar pelas portas da sala do trono, ouço uma parte da conversa entre Leonidas e Hugo. A voz de Leonidas é grave e autoritária, mas há um tom de frustração que não consigo ignorar. Hugo, por sua vez, parece tentar acalmá-lo, respondendo com paciência e respeito. A conversa é entrecortada por murmúrios e palavras não muito claras, mas consigo captar o clima tenso. Enquanto me aproximo, tento ouvir mais detalhes, mas o som das palavras se mistura com o ambiente externo.
— Você nunca foi bom com mentiras. — Ouço Leonidas dizer com um tom de acusação.
— Não estou mentindo. — Hugo responde defensivamente.
— Ah, é? — Leonidas expressa ceticismo. — Entre, Alinna!
Como assim? As portas estão fechadas, e eu tenho certeza de que não fiz nenhum barulho ao me aproximar. Não seria possível que ele tivesse percebido minha presença. Com cuidado, abro uma das portas e entro na sala.
— Ãhm... Eu estava passando e...
— Resolveu ouvir atrás da porta, minha querida? — Leonidas sugere com uma leve ironia.
— Eu... — Gaguejo, sem saber o que dizer.
— Não se preocupe. Tudo aqui será seu, e você pode entrar onde quiser. Na verdade, sua chegada é oportuna, pois Hugo e eu estamos lidando com um dilema bastante interessante. — Leonidas se levanta do trono e se aproxima de Hugo, com um gesto que parece indicar um problema complexo à frente.
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After NightFall Vol.2
Storie d'amoreDizem que sou louca por não acreditar em felizes para sempre. Para mim, essa ideia nunca passou de um conto de fadas fabricado para iludir os incautos, e não me sinto nem um pouco culpada por não ceder a essa fantasia. A vida real é feita de desafio...